sexta-feira, 30 de julho de 2010

PARRUDA PIADA!

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VALDEMAR NETO disse...É o que se vive e o que se morre nas nossas selvas de nuvens cinzas poluidoras e árvores metálicas de sinais de celular. Aquilo que deveria, pelo menos, afastar o cidadão do perigo, é de cunho ironicamente inconstitucional. Fazer o quê, não é? Esperaremos as mudanças de 4 em 4 anos que estão mais para desmudanças... que assim seja..

Por Airton Soares

Por favor, nesta crônica, a única coisa que peço ao leitor é: não me cobre minudências jurídicas e institucionais. O breve relato que ora faço não requer arroubos de sabedoria. É questão de bom senso e... o que sofremos na pele.

O conflito de competência entre o poder militar e o poder político civil tem merecido atenção da comunidade nacional e internacional. O óbvio: dentro de cada cidade existe uma favela, um bairro, uma área, enfim, que sobrevive basicamente do tráfico de drogas. Mas do que ninguém, a polícia e outros órgãos correlatos conhecem capilarmente toda sua fisiologia.

No entanto, não podem fazer quase nada. Uma justificativa: os policiais estão em condições inferiores em termos de tecnologia armamentista.

E tem mais: a TI ainda não conseguiu sequer impedir que os bandidos comandem [ via celulares] suas operações diretamente de suas luxuosas celas. Me engana quEu gosto!

Em outra esfera do poder, o que se sabe é: as Forças Armadas nada podem fazer. É inconstitucional...não é de sua competência combater o crime mais do que organizado. Ora, mas se estamos diante de uma guerra, [mundial!] e guerra é guerra!

Agora veja: é inconstitucional proteger a população das quadrilhas [grupos econômicos!], enquanto as armas e munições dessas “Forças” se enferrujam nos bélicos e portentosos galpões das corporações militares? Parruda piada!

Nestas linhas terei sido ingênuo em fazer este tipo de observação? Possivelmente, mas é o que sinto e o que vejo. É a minha realidade. A realidade do meu vizinho e a do vizinho do meu vizinho. E todos nós temos vizinhos e habitamos as cidades.

indexada

Charge: sistema de saúde

Charge - violência

quarta-feira, 28 de julho de 2010

peça: NÃO ME DEIXES FORA DO QUINZE

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Dalinha Catunda disse...

Olá Airton,
Estou te fazendo esse agrado só para não ficar fora do quinze.
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Não me deixes fora do quinze,
Não me deixes, por favor!
Quero rever nossa Rachel
Mostrando todo o calor
Desta gente que é sofrida
Mas nunca se sente perdida,
Pois crê em nosso Senhor.
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Um abraço para você e para o grupo,
Dalinha Catunda

Recebi e Agradeço
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Direção: Eurico Bivar
Produção: Lúcia Medeiros
Realização: Abraço Literário (grupo Cresce) SESC- Fortaleza

Elenco: e/d - Sônia Nogueira, Inês Ramalho, Airton Soares, Eudismar Mendes. em pé ALQUE Airton Albuquerque)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Três coisas difíceis


via blog do PRATES

Que gosto de frases, de provérbios, dessas coisas, e que as recorto dos jornais, das revistas etc etc você já sabe. E que as guardo em “inexpugnáveis” caixas de sapatos, você também já sabe.

Mas não sabe da frase mais recente que achei, recortei e guardei.

Já digo qual é. É esta, e é de Benjamim Franklin:

As três coisas mais difíceis do mundo: guardar segredo, perdoar uma injúria e aproveitar o tempo.

Por partes… Por que é difícil guardar um segredo? Porque um segredo é sempre, quase sempre, o mal de outrem. E nesse caso, passar adiante o segredo é soltar o veneno para ver o outro se danar. Agora, quando o segredo que temos é de nosso prejuízo contá-lo, não contamos. É o mesquinho do ser humano de plantão, um plantão permanente, 24 horas…

Já o não saber perdoar uma injúria é coisa própria das almas mesquinhas. Se a pessoa que nos feriu pede-nos perdão, desculpas, não perdoar é pequenez de alma. Coisa comum nas maiorias. Reconhecer um erro e pedir perdão é traço de caráter. Tudo bem, a ofensa doeu, feriu, magoou, mas se o “agressor” pensa, para e dá a volta pedindo perdão, por que não perdoá-lo? Claro, vá dizer isso aos mesquinhos, aos pequenos da vida, aos que se acham capazes de serem diminuídos pelo erro de outro.

E quanto a terceira das três coisas mais difíceis do mundo, segundo o americano Benjamin Franklin, aí concordo com ele, aproveitar o tempo é mesmo a mais difícil das artes. Como é que se aproveita o tempo? Não trabalhando? Vivendo de pernas para o ar e só pensando em diversões? Quem souber a resposta a essa pergunta pode escrever um livro, ficará rico. Mas tem um problema: o modo de aproveitar o tempo é muito pessoal. O que diverte o meu amigo me pode aborrecer. E vice-versa.

Gente muita rica, que nunca precisou trabalhar, filhos abastados de “realezas”, buscaram, alguns ainda buscam, diversões de toda sorte e só encontraram fastios… São, aliás, os mais robustos frequentadores de clínicas psicoterápicas. São os que dormem mal, são os mais ansiosos, são os mais infelizes. E, todavia, nadam em dinheiro. Santo Deus, como é que se aproveita o tempo?

O tempo é a matéria-prima da vida. Como é que se aproveita esse tempo se ele acaba e acaba para o nada…?

O PORTUGUÊS DO POVO



Por Braulio Tavares – jornal da Paraíba - 08 04 10

Que língua interessante é o português. Interessante e complicada – para quem vem de fora. Lembro de uma história ocorrida no antigo Campus II da UFPB, hoje UFCG, em Bodocongó. Um professor holandês, chegado a Campina há menos de um ano, teve um problema familiar grave e precisava licenciar-se com urgência para ir à Holanda. Foi falar com o reitor, explicou os motivos e pediu uma licença de três semanas. “Pois não,” disse o reitor, comovido com o drama dele. O homem ficou aflito: “Mas é um assunto muito sério! Eu preciso mesmo ir!” “O reitor repetiu: “Pois não”. O homem quase chora: “Mas por que o senhor me nega esse direito?!...” Claro que ele viajou, só não sei é se resolveu o problema.

Uma das melhores coisas do português é a fervilhância de novidades linguísticas que encontramos na rua, pelo simples fato de que as pessoas, quando precisam dizer alguma coisa e não encontram a palavra certa (ou melhor, a palavra que nos ocorreria se fôssemos nós a querer dizer aquilo), inventam na hora uma maneira própria de dizer. Recentemente um camelô, na Rua da Uruguaiana, vendia DVDs piratas do filme “Avatar”, anunciando aos quatro ventos: “Avatar em trimensão!” Ele se referia, claro, ao fato de que o filme era em 3-D, ou em terceira dimensão. O camelô (ou a pessoa que passou essa palavra para ele) percebeu intuitivamente que existe um precedente linguístico para transformar uma palavra com o prefixo “di” (significando dois) em outra com o prefixo “tri” (significando três), como em “difásico / trifásico”, por exemplo.

A criação desses neologismos é um processo de evolução natural da língua, e acho engraçado como o tempo todo aparece gente dizendo que essas pessoas estão “falando errado”. Pergunto a razão e me respondem: “Porque essa palavra não existe, não tem no dicionário, eles falam assim porque são ignorantes”. Existe nas pessoas medianamente cultas a fantasia de que o Dicionário e a Gramática são uma espécie de Código Penal do idioma, dizendo o que é permitido e o que é proibido fazer. Não são. Dicionários e gramáticas são elaborados “a posteriori”: o povo (incluindo desde os camelôs até João Guimarães Rosa) inventa as palavras e as maneiras de falar, e quando algumas dessas maneiras se cristalizam e se impõem, os dicionaristas e gramáticos, diligentemente, registram, carimbam e aprovam. Nada mais.

Cabe aos dicionaristas e gramáticos um papel parecido com o de um maestro numa orquestra – evitar as dissonâncias, estimular a harmonia, preservar a fidelidade à fonte, por exemplo. A língua portuguesa tem seus próprios mecanismos de criação de palavras, de articulação de frases, de conjugação de verbos, de uso de conjunções e preposições. Esses mecanismos são dela e lhe dão personalidade, sabor, fisionomia própria. Quando um camelô, intuitivamente, percebe esses princípios e os aplica, mostra que conhece a língua melhor do que seus críticos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Apenas Conhecemos Fragmentos dos Outros

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Apenas Conhecemos Fragmentos dos Outros

Quando te encontras na base de um importante maciço montanhoso, estás longe de conhecer toda a sua diversidade, não tens nenhuma ideia das alturas que se ergueram por trás do seu cimo ou por trás daquele que te parece ser o cimo, não suspeitas nem o perigo dos abismos nem os confortáveis assentos ocultos entre os rochedos. É apenas se sobes e se persegues o teu caminho que se revelam pouco a pouco a teus olhos os segredos da montanha, alguns que esperavas, outros que te surpreendem, uns essenciais, outros insignificantes, tudo isso sempre e unicamente em função da direcção que tomares; e nunca te revelarão todas.

O mesmo acontece quando te encontras diante de uma alma humana.
Aquilo que se te oferece ao primeiro olhar, por mais perto que estejas, está longe de ser a verdade e certamente nunca é toda a verdade.

É apenas no decurso do caminho, quando os teus olhos se tornam mais penetrantes e nenhuma bruma perturba o teu olhar, que a natureza íntima dessa alma se revela a pouco a pouco e sempre por fragmentos. Aqui é a mesma coisa: à medida que te afastas da zona explorada, toda a diversidade que encontraste no caminho se esbate como um sonho, e quando te voltas uma última vez antes de te afastares, vês apenas de novo esse maciço que te surgia falsamente como muito simples, e esse cimo que não era o único que existia.
Apenas a direcção é realidade; o objectivo é sempre ficção, mesmo quando alcançado - sobretudo neste caso.

Arthur Schnitzler, in 'Observação do Homem'


via
CITADOR

A OUTRA FACE DA INVEJA

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A Outra Face da Inveja Aqueles que são invejados entristecem-se com o rancor que sentem à sua volta; se são orgulhosos, por receio de algum prejuízo; se generosos, por compaixão dos que invejam. Mas depressa se alegram: se me invejam, isso quer dizer que tenho um valor, dos méritos, das graças; quer dizer que sentem e reconhecem a minha grandeza, o meu triunfo. A inveja é a sombra obrigatória do génio e da glória, e os invejosos não passam, de forma odiosa, de admiradores rebeldes e testemunhas involuntárias. Não custa muito perdoar-lhes, quando existe o direito de me comprazer e desprezá-los. Posso mesmo estar-lhes, com frequência, gratos pelo facto de o veneno da inveja ser, para os indolentes, um vinho generoso que confere novo vigor para novas obras e novas conquistas.

A melhor vingança contra aqueles que me pretendem rebaixar consiste em ensaiar um voo para um cume mais elevado. E talvez não subisse tanto sem o impulso de quem me queria por terra.

O indivíduo verdadeiramente sagaz faz mais: serve-se da própria difamação para retocar melhor o seu retrato e suprimir as sombras que lhe afectam a luz. O invejoso torna-se, sem querer, o colaborador da sua perfeição.

Giovanni Papini, in 'Relatório Sobre os Homens'

via
CITADOR

Amianto pode matar mais de 1 milhão no mundo até 2030

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Saúde

via BBC BRASIL

Mina de amianto

Canadá exporta amianto das suas minas, mas proíbe uso do produto

Especialistas em saúde pública alertam para um grande aumento no número de mortes nas próximas duas décadas devido ao uso do amianto pela indústria da construção civil, sobretudo nos países em desenvolvimento.

Uma investigação conjunta da BBC e do Consórcio de Jornalistas Investigativos revelou que mais de 1 milhão de pessoas podem morrer até 2030 devido a doenças ligadas à substância.

Com um consumo de amianto 50 vezes maior do que os Estados Unidos, o Brasil é o quinto maior consumidor do produto em uma lista liderada por China, Índia e Rússia.

O amianto é uma fibra natural presente em minas. Barato e resistente ao calor e ao fogo, é misturado ao cimento para construção de telhas e pisos.

No entanto, a substância, cujo uso é proibido ou restrito em 52 países, solta fragmentos microscópicos no ar que podem provocar diversas doenças pulmonares quando inaladas, inclusive alguns tipos de câncer.

Amianto branco

A investigação conjunta do Consórcio de Jornalistas Investigativos e da BBC revelou que a produção de amianto continua na ordem de dois milhões de toneladas.

A indústria do amianto movimenta bilhões de dólares, sobretudo com exportações para países em desenvolvimento, onde as leis de proteção e a fiscalização são mais brandas.

Apesar da proibição e restrição ao uso, uma variação da substância conhecida como amianto branco é produzida e exportada para diversos países.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), mesmo o amianto branco pode provocar câncer.

Alguns cientistas temem que a disseminação do amianto branco possa prolongar uma epidemia de doenças relacionadas à substância.

"Minha visão é de que os riscos são extremamente altos. Eles são tão altos quanto qualquer outra substância cancerígena que vimos, com exceção, talvez, do cigarro", afirma Vincent Cogliano, cientista da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer da OMS.

Segundo a OMS, 125 milhões de pessoas convivem com amianto no trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 100 mil trabalhadores morram por ano devido a doenças relacionadas ao amianto.

Nos Estados Unidos, a indústria da construção civil não usa mais nenhum tipo de amianto. No entanto, o número de mortes devido à substância está chegando ao ápice, devido ao longo período em que a doença ainda pode se manifestar.

No México, mais de 2 mil empresas usam o amianto em diversos produtos, como freios, aquecedores, tetos, canos e cabos. Mais de 8 mil trabalhadores têm contato direto com a substância.

Doença

O Canadá é um dos maiores produtores mundiais de amianto branco e exporta o produto, mas proíbe seu uso no país.

Na província de Quebec, Bernard Coulombe, que é proprietário de uma mina, afirma que o amianto branco exportado por ele é vendido "exclusivamente para consumidores finais que possuem os mesmos padrões de higiene industrial do Canadá". Ele afirma que sua indústria possui amparo legal para exportar o produto.

Não muito longe dali, a pintora amadora Janice Tomkins luta contra mesotelioma, uma doença rara ligada ao amianto. Ela acredita ter contraído a doença há vários anos devido à exposição ao amianto azul e marrom, variações hoje proibidas internacionalmente.

Ela luta para impedir que o governo do Quebec libere um financiamento de US$ 56 milhões para que a mina próxima a sua casa possa expandir a produção, de olho em mercados emergentes como a Índia.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cecilia Meireles está sem editora devido a briga de herdeiros

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Cecilia Meireles está sem editora devido a briga de herdeiros

Band - 20.07.2010 - Paulo Borgia

Um grande material de materiais inéditos da poeta Cecilia Meireles, que morreu em 1964, está guardado e sem qualquer cuidado em caixas e pacotes na casa que viveu por 18 anos no Rio de Janeiro. Essas obras não foram mexidas ou editadas até agora por conta de processos judiciais entre a família. Segundo reportagem do jornal “Folha de São Paulo”, essa batalha entre os herdeiros 2010 completou dez anos. Além de não poder lançar material inédito, nenhum dos cerca de 50 títulos de Cecilia, em poesia e prosa, pode ser reeditado.

A publicação informa que a crise entre os parentes sofreu uma reviravolta após a morte, no fim de 2008, de Maria Mathilde, uma das três filhas de Cecilia com o artista plástico português Fernando Correia Dias.

Os filhos de Mathilde racharam e brigam nos tribunais para definir a quem cabe a parte que pertencia à mãe. A inventariante é a filha Fernanda Maria, que se uniu à tia Maria Fernanda (a única filha da escritora ainda viva), constituindo por ora a maioria necessária para decidir em caso de divergência.

Porém, o filho Alexandre alega que a mãe, por meio de um documento assinado, transferiu os direitos dela para o sobrinho Ricardo (neto mais velho de Cecilia, filho de Maria Elvira, primogênita da poeta e também já morta). Assim, Ricardo seria assim o verdadeiro detentor da maioria.

Fernanda Maria chegou a questionar a autenticidade da assinatura da tia. Foi feito um exame grafotécnico e a perícia reconheceu como autêntica a assinatura, mas o caso aguarda uma decisão judicial.

Enquanto isso, o mercado acompanha tudo de longe. Para essas obras serem editadas de forma que as editoras não tenham problema, é preciso saber, enfim, quem é o responsável pela obra da poetisa.

via AMIGOS DO LIVRO

sexta-feira, 16 de julho de 2010

MEIO AMBIENTE - Sacolas plásticas

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Recebi e agradeço

Blogger Dalinha Catunda disse...

Olá Airton,

Fora os sacos plásticos e viva as velhas e lindas cestas e bolsas artesanais de palhas.
Bjs
Dalinha

O SACO E A CESTA

A terra de saco cheio
Sofre e pede clemência.
Vamos pensar direito,
Pôr a mão na consciência
Pois o que estamos fazendo
É burrice e imprudência.
***
Saudades dos cestos e cestas
Também do velho surrão...
Feitos de palhas e cipós
Um trabalho do artesão,
Que ganhava seu dinheiro
Sem causar poluição.

18 de julho de 2010 19:49


Se vai às compras ou a passeio

Saco de plástico evitar

A Terra de “saco cheio”

Já deu o que tinha de dar. [AS]


À espera de julgamento de liminar, começa a valer a lei das sacolas plásticas no Rio

Júlia Machado

Do UOL Notícias


Nesta sexta-feira (16), fiscais da Coordenadoria Integrada de Combate a Crimes Ambientais e da Superintendência de Educação Ambiental começam uma fiscalização nos supermercados do Rio de Janeiro. Eles vão checar o cumprimento da lei estadual lei nº 5.502, aprovada em julho de 2009, que obriga os estabelecimentos comerciais de médio e grande porte do Estado a substituírem e recolherem as sacolinhas plásticas, compostas por polietilenos, polipropilenos e outras substâncias altamente poluentes.

A Secretaria do Meio Ambiente informa que a fiscalização, neste primeiro momento, será apenas de caráter educativo. Além dos estabelecimentos, também os consumidores serão informados sobre a nova medida. As equipes vão distribuir folhetos explicativos sobre as consequências negativas do uso das sacolas, e de materias semelhantes, para o meio ambiente.

A Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio) entrou, na última quarta-feira (14), com liminar no Tribunal de Justiça do Rio para suspender os efeitos da lei, alegando inconstitucionalidade. O desembargador-relator Sidney Hartung vai levar a pauta para votação no órgão especial somente na próxima segunda-feira (19).

A Fecomércio reclama do curto prazo para implementar as modificações e da incapacidade do Estado em lidar com o recolhimento desse material.

Os estabelecimentos que não cumprirem a lei estão sujeitos à multa de 100 a 10 mil UFIRs-RJ (valor máximo de R$ 106,4 mil). As pequenas e microempresas terão ainda dois e três anos, respectivamente, para se adaptarem.


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Leonardo Boff vem falar de amor para cobradores de impostos do Estado

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O teólogo Leonardo Boff é convidado do VI Congresso Estadual dos Fazendários (Conefaz), que ocorrerá no período de 20 a 23 próxmos, no salão de convenções do Hotel Praia Centro, em Fortaleza.

Ele abordará, em palestra marcada para as 9h30min do dia 21, o temz ”Sustentabilidade do Estado e Transformação da Humanidade pelo Amor”.

Leonardo Boff é convidado do Sindicato dos Fazendários do Ceará que definiu como tema principal do VI CONEFAZ “Organização do Fisco e o Compromisso Social da Atividade Fazendária”.

O TEÓLOGO

Leonardo Boff, pseudônimo de Genézio Darci Boff (nascido em Concórdia-SC, em 1938), é um teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, expoente da Teologia da Libertação no Brasil. Foi membro da Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos.

SERVIÇO

O teólogo concederá entrevista coletiva à imprensa às 11 horas da quarta-feira, 21/07, no local do evento. A seguir, sessão de autógrafos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Você é feliz?

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via blog do PRATES

Vou repetir a pergunta: Você é feliz? Dificilmente as pessoas dizem que sim, costumam fazer reparos à vida que levam. Muitas vezes é ingratidão à vida. Mas não fiz a pergunta só por perguntar, o que quero dizer é que todos podemos ser felizes, e sempre. Sempre, eu disse. E para ser sempre feliz é preciso que nossa felicidade não dependa de alguém ou de alguma coisa.

Se você colocar a sua felicidade na dependência de alguém ou de algo, dificilmente será feliz. Basta que esse alguém saia de sua vida ou que você perca o “algo” que lhe garante ser feliz e lá se vai a felicidade. A única felicidade que vale, e que está ao alcance de todos, é a felicidade sem motivo. Basta estar vivo. Mas vá dizer isso às pessoas, vá.

Deus nos sorriu ao criar a felicidade. E colocou a chave desse paraíso dentro de nós, essa porta só nós podemos abrir. E a única felicidade que vale a pena é a felicidade sem motivo. E aí, és feliz ou Edição dependes de algo ou de alguém?

UNIFOR - MBA GESTÃO EMPRESARIAL

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OBJETIVOS

GERAL:
· Formar especialistas em Gestão Empresarial.

ESPECÍFICOS:
· Desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes necessários e adequados à gestão empresarial;·
· Conhecer e debater sobre temas integradores e indutores de transformações empresariais;
· Versar sobre temas relacionados às principais funções empresariais;
· Aplicar os conceitos de projetos e operações à gestão empresarial;
· Aplicar os conceitos de gestão empresarial articulando teoria e prática;
· Conhecer e debater sobre tópicos especiais em gestão empresarial, envolvendo temas contemporâneos, temas interdisciplinares e desenvolvimento pessoal.

DISCIPLINAS
A648 - Análise Macroeconômica
A296 - Arquitetura Org. E Gestao De Processos
A039 - Estrategia Empresarial
A281 - Etica E Responsabilidade Social
A294 - Gestao Da Tecnologia Da Informacao
M670 - Gestao De Marketing
A293 - Gestao De Operacoes E Logistica
M669 - Gestao De Pessoas
A295 - Gestao E Elaboracao De Projetos
P833 - Gestao Financeira
A649 - Gestão Da Carreira Profissional
A040 - Jogos De Empresas
A651 - Macroambiente E Cenários
P358 - Metodologia Do Trabalho Cientifico
A650 - Teoria Da Complexidade
A679 - Topicos Especiais Em Gestao I
A680 - Topicos Especiais Em Gestao Ii
A394 - Trabalho De Conclusao De Curso

UNIFOR - MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL


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CORPO DOCENTE
Alberto Eduardo De C. Branco

Alvaro Dos Santos Neto3
Ana Claudia Coelho Ferreira

Danusa Cardoso Facanha

Fernando Ribeiro De Melo Nunes
Graziella Batista De Moura
Heber Jose De Moura

Henrique Cesar Muzzio De Paiva Barroso

Hertenha Glauce D S Queiroz
Inacio Jose Bessa Pires

Jose AIRTON Pereira SOARES

Jose Bezerra Da Silva Filho

Jose De Paula Barros Neto
Jose Julio Martins Torres

Jose Luciano Braga

Kennedy Montenegro De Vasconcelos

Luis Fernando Ribeiro De Mattos
Marselle Fernandes Fontenelle
Paulo Didimo Camurca Vieira
Ricardo Eleuterio Rocha
Sandra Freitas F. Lima
Sandra Helena De Sousa
Sergio Henrique A C Forte

esquete: NÃO ME DEIXES FORA DO QUINZE

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Direção: Eurico Bivar
Produção: Lúcia Medeiros
Realização: Abraço Literário (grupo Cresce) SESC- Fortaleza

Elenco: e/d - Sônia Nogueira, Inês Ramalho, Airton Soares, Eudismar Mendes. em pé ALQUE Airton Albuquerque)

domingo, 11 de julho de 2010

Morre em São Paulo, aos 72 anos, o poeta Roberto Piva

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3 de julho de 2010 21h12 atualizado às 21h24


   Foto: Divulgação

Roberto Piva foi um dos principais poetas paulistanos nos anos 60 e 70
Foto: Divulgação

Morreu em São Paulo neste sábado (3), aos 72 anos, o poeta Roberto Piva. Ele estava internado no Incor (Instituto do Coraçao) desde o dia 13 de maio. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos em decorrência de uma insuficiência renal. O velório será realizado a partir das 22h30 no Cemitério do Araçá e o corpo será cremado no domingo (4), às 11h, no crematório da Vila Alpina.

Piva nasceu em São Paulo, e, aos 22 anos já era poeta reconhecido. Foi descoberto pelo editor Massao Ohno, e aos 23 publicou sua obra-prima, Paranóia (1963). O livro se esgotou em duas semanas e hoje é artigo de luxo entre colecionadores. Depois disso, a obra Piazzas (1980), confirmou seu talento. Quem perdeu aquela edição, hoje pode encontrar esse e outros livros do poeta em uma compilação da editora Globo de três volumes. O último deles, Estranhos Sinais de Saturno, foi lançado em 2008.

O poeta tinha a alma inquieta. Nadou incansavelmente contra a corrente e por isso é o principal nome - junto com seu parceiro e amigo Cláudio Willer - da poesia marginal. Para sobreviver, ele deu aulas de filosofia e produziu shows de rock.

VIA PORTAL TERRA

Quem roubou as joias de Carolina? Apesar de tudo o que já se escreveu sobre nosso maior escritor, acho que a biografia dele não está completa.

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Por Hélio Passos
DN,11/07/2010

Apesar de tudo o que já se escreveu sobre nosso maior escritor, acho que a biografia dele não está completa. Por mais exaustivas e minudentes que sejam nesse campo as pesquisas de R. Magalhães Júnior, de Plínio Doyle, de Luís Viana Filho, de Josué Montello, de Gondin de Fonseca, de Jean Massa, de J. Galante de Sousa, de Lúcia Miguel Pereira e de Alfredo Pujol, há pelo menos um ponto a ser ainda contado e esclarecido: -- o caso das joias que foram furtadas da casa do escritor, juntamente com documentos importantes, enquanto o mestre agonizava.

Daqui imagino o espanto dos machadianos, que propõem ter aclarado toda a vida do mestre, incluindo-lhe a memória póstuma. Joias furtadas, e de Carolina? Durante a agonia de Machado? E houve isso? Houve. Infelizmente houve, e nenhum dos seus biógrafos e pesquisadores - e não foram poucos - toca no assunto.

Quem lê o precioso livrinho de Francisca Bastos Cordeiro, minudente, objetivo e veraz, "Machado de Assis na Intimidade", fica com a impressão de que nada escapou à pena da escritora, ao relatar a agonia do romancista. Até mesmo os medicamentos que o Dr. Jaime Smith de Vasconcelos, médico do moribundo, mandou aviar na Farmácia das Laranjeiras.

Quanto ao furto das joias, nada nos diz. E aqui transcrevo a notícia que sobre o fato publicou "O País", de 6 de dezembro de 1908 (Machado morreu no dia 19 de setembro): "O advogado Dr. Francisco de Paula Monteiro de Barros, em nome de inventariante dos bens de Machado de Assis, requereu ao Dr. Fábio Rino, 3º Delegado Auxiliar, um inquérito, para apurar a quem cabe a responsabilidade do desaparecimento de joias e documentos que o mestre da literatura brasileira guardara carinhosamente até morrer. O inquérito foi ontem iniciado, depondo o Barão de Vasconcelos".

O inquérito jamais chegou ao final. O delegado ficou meio acanhado de ouvir as personalidades que estavam no velório do escritor, quando as joias devem ter sido roubadas, alguém se aproveitando do entra e sai de tanta gente importante e pessoas do povo. Tivessem aberto uma CPI, como se faz hoje rotineiramente, talvez chegassem a resultados surpreendentes. Até surpreendentes demais.

domingo, 4 de julho de 2010

Carlyle Martins

Os Membros da Academia Cearense de Letras de ontem

Carlyle Martins

Por José Murilo Martins
in POETAS DA ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS

CARLYLE MARTINS

Carlyle MartinsCarlyle de Figueiredo Martins nasceu em Fortaleza no dia 16 de junho de 1899 e faleceu na mesma cidade no dia 2 de fevereiro de 1986, aos 86 anos de idade.

Formado pela Faculdade de Direito do Ceará, em 1925, foi representante do Ministério Público, juiz municipal e juiz de Direito em várias cidades do interior cearense.

Sobrinho dos poetas Antônio Martins (poeta da abolição) e Álvaro Martins (Policarpo Estouro da Padaria Espiritual), era crítico literário e poeta parnasiano que, segundo Raimundo Girão, apresentava um “lirismo enternecedor”.

Colaborava constantemente com jornais e revistas do estado e de outros centros do país. Teve uma grande produção literária cujas principais obras são: Evangelho do sonho, 1931; Caminho deserto, 1934; Colheita de rosas, 1938; Ânfora de estrelas, 1940; Antônio Martins (um grande abolicionista), 1953; Na serra, 1956; Paisagens do meu destino, 1957; Sinfonia do entardecer, 1966; Mensagem das horas tardias, 1972; e Alma rude (contos regionais), 1960.

Participou da criação da Associação Profissional dos Escritores do Ceará.

Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1951 ocupando a cadeira número 25, cujo patrono é o escritor cearense Oliveira Paiva.

Foi saudado pelo acadêmico Andrade Furtado.

Andrade Furtado

Os Membros da Academia Cearense de Letras de ontem

Andrade Furtado

Por José Murilo Martins
in POETAS DA ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS

ANDRADE FURTADO

Andrade FurtadoManuel Antônio de Andrade Furtado nasceu em Quixeramobim, Ceará, em 28 de janeiro de 1890 e faleceu em Fortaleza no dia 16 de abril de 1968, aos 78 anos de idade.

Bacharel pela Faculdade de Direito do Ceará, dedicou-se ao magistério, iniciando como professor do Instituto de Humanidades, do Instituto Miguel Borges e do Colégio Colombo.

Foi professor catedrático e diretor da Faculdade de Direito do Ceará, professor da Faculdade de Filosofia e da Escola de Agronomia e o primeiro vice-reitor da Universidade Federal do Ceará.

Quando secretário do governo de Francisco Menezes Pimentel, assumiu, em várias ocasiões, a função de interventor interino do estado. Por duas vezes foi escolhido juiz do Tribunal Regional Eleitoral.

Jornalista e poeta primoroso, foi um grande defensor dos postulados católicos como redator chefe do Correio do Ceará e diretor do jornal O Nordeste.

Publicou: Liberdade econômica e instrução pública, 1917; O nacionalismo e a imprensa, 1918; A solução do magno problema do Ceará, 1925; A catedral, 1942; A extensão do Direito, 1950; Ensino jurídico, 1954; Quixeramobim e sua vida religiosa, 1955; Para que o mundo pense, 1950; A Filosofia do desastre, 1957; e Esboço e perfis, 1957.

Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922 na época da primeira reorganização, ocupando a cadeira número 18, cujo patrono era Manuel Soares da Silva Bezerra; transferiu-se para cadeira 26 após a reorganização ocorrida em 1951, permanecendo com o mesmo patrono.

Foi presidente do sodalício no período de 1959 a 1960 e membro do Instituto do Ceará.

fonte ACL

Antônio Sales

Os Membros da Academia Cearense de Letras de ontem

Antônio Sales

Por José Murilo Martins
in POETAS DA ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS

ANTÔNIO SALES

Antônio Sales nasceu em Parazinho, município de Paracuru, Ceará, em 13 de junho de 1868 e faleceu em Fortaleza no dia 14 de novembro de 1940, aos 72 anos de idade. Autodidata.

Foi jornalista, deputado estadual (1893-1896), secretário do Interior e da Justiça e, por muitos anos, trabalhou no Tesouro Nacional, no Rio de Janeiro.

Colaborou com os mais reputados jornais e revistas do País. Poeta e prosador, tendo cultivado o romance, o conto, o ensaio e o memorialismo.

Foi uma notável personalidade da literatura cearense, fundador e elemento central da Padaria Espiritual da qual foi o primeiro padeiro-mor, adotando o nome de guerra Moacyr Jurema.

O trabalho por ele realizado no Ceará teve ampla repercussão nacional e, no período em que viveu no sul de País, privou da amizade de altas figuras da intelectualidade brasileira.

Poeta lírico de vastos recursos adotou, também, o gênero satírico e a trova.

Como prosador manejava com destreza e brilho a língua vernácula. Principais obras: poesias - Versos diversos, 1890; Trovas do Norte, 1895; Poesias, 1902; Panteon (sonetos), 1919; Minha terra, 1919; e Águas passadas, 1944; prosa - A política é a mesma, 1891; Aves de arribação, 1914; Matapau, 1931; Retratos e lembranças, 1938; Fábulas brasileiras (literatura infantil), 1944; História da literatura cearense; e Novos retratos e lembranças, 1995.

No Rio de Janeiro fez uma forte campanha em trovas, no Correio da Manhã, contra Nuno de Andrade na direção da Saúde Pública, sendo algumas delas abaixo transcritas.

Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922, no período da primeira reorganização do sodalício, ocupando a cadeira 33 (sem patrono).

Na reorganização de 1930 passou para cadeira 20, cujo patrono era José Martiniano de Alencar.

Foi presidente da Academia Cearense de Letras no período de 1930 a 1937 e presidente de honra de 1937 a 1940.

fonte ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS

Alfredo Castro

Os Membros da Academia Cearense de Letras de ontem

Alf. Castro

Por José Murilo Martins
in POETAS DA ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS

ALF. CASTRO

Alfredo (Alf.) de Miranda Castro nasceu em Recife, Pernambuco, no dia 30 de novembro de 1873 e faleceu em Fortaleza no dia 1o de abril de 1926, aos 53 anos de idade.

Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife, em 1895, foi juiz de Direito em Aracati e Fortaleza e procurador da República no estado do Ceará. Foi poeta, com excelente educação literária.

Sânzio de Azevedo assim se referiu sobre ele: “A importância de Alf. Castro reside não somente na qualidade de sua poesia, mas também e principalmente no fato de situar-se no mais genuíno e puro Parnasianismo, no sentido francês do termo, o que é raro na literatura nacional”.

Foi elegante conferencista, cronista e crítico, publicando seus trabalhos no jornal A República.

Obras: De sonho em sonho, 1906; O poeta e a poesia (conferência), 1913; e o livro póstumo Ocaso em fogo, Edições UFC, em 1999, com organização e introdução de Sânzio de Azevedo.

Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 8 de setembro de 1922, no período da primeira reorganização.

Ocupou a cadeira número 5, cujo patrono, na época, era Adolfo Caminha.

fonte: Academia Cearense de Letras

ALBANO AMORA

Manoel ALBANO AMORA, nasceu em Fortaleza, no dia 19 de outubro de 1915. Membro da Academia Cearense de Letras.

Alba Valdez

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Os Membros da Academia Cearense de Letras de ontem

Alba Valdez

Por GUILHERME STUDART (Barão de Studart),
na obra DICCIONÁRIO BIO-BIBLIOGRÁPHICO CEARENSE

Maria Rodrigues - SIC

Alba ValdezConhecida por Alba Valdez, pseudonymo de que usa. Nasceu em S. Francisco de Uruburetama a 12 de Dezembro de 1874 e dahi veio em 1877 para Fortaleza em companhia dos paes por motivo da grande secca, que então assaltou a Provincia.

Matriculou-se na Escola Normal em Março de 1886 e recebeu o diploma em 1889, sendo depois nomeada para reger uma das cadeiras de ensino publico em Fortaleza.

Faz parte do Centro Litterario, da Bohemia Litteraria e da Iracema Litteraria.
Em Dezembro de 1901 publicou uma serie de contos enfeixados em um livro sob o titulo Em Sonho, 120 pp. e em Março de 1906 seu 2.o livro com o titulo de Dias de luz. Recordações da adolescencia. Fortaleza Typ. Minerva de Assiz Bezerra, 1907, com o retrato da auctora. É collaboradora de varios Almanaques.

Alguns capítulos do Em Sonho foram traduzidos para o Sueco pelo abaüsado homem de letras Dr. Goron Bjorkman e publicados no lllustreradt Hwad Nytt, de Stokolmo.

É actualmente professora do Grupo Escolar Nogueira Accioly, ou N° 1.

Por F. Silva Nobre
in 1001 CEARENSES ILUSTRES

ALBA VALDEZ

Nome literário de Maria Rodrigues Peixe
Nasceu em Itapajé, 12 de dezembro de 1874.

Com três anos mudou-se com os pais para Fortaleza, onde se diplomou como professora na Escola Normal antes de completar 16 anos. Jornalista, contista, cronista, memorialista, biógrafa e romancista. Fundadora de Presidente da Liga Feminista Cearense (1904), primeira agremiação literária de mulheres no Estado.

Participou do Centro Literário, Boêmia Literária e Iracema Literária; fundadora da cadeira n° 2 da Academia Cearense de Letras, que tem como patrono Álvaro Martins. Membro efetivo do Instituto do Ceará.

Publicou: Em Sonho; Dias de Luz; Uma grande figura da história Educacional do Ceará. Morreu no Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 1962.

fonte: Academia Cearense de Letras

Adolfo Caminha

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Adolfo Caminha
Adolfo Caminha

Adolfo Caminha
Nome completo Adolfo Ferreira Caminha
Nascimento 29 de maio de 1867
Aracati
Morte 1 de janeiro de 1897 (29 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasil
Ocupação Escritor
Gênero literário Naturalismo
Magnum opus


WIKIPÉDIA
Bom Crioulo



Falece Abelardo Fernando Montenegro - 26/04/2010

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fonte: Diário do Nordeste, 28/04/2010


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Abelardo Montenegro em sua biblioteca: obras referenciais para compreender o Ceará
THIAGO GASPAR

28/4/2010

Autor de mais de 40 livros, Abelardo F. Montenegro, morreu na noite desta segunda-feira. O pesquisador foi um dos intelectuais mais destacados do Ceará no século XX

Ao morrer, na noite de anteontem, Abelardo F. Montenegro deixou um mundo bem diferente de outro que conheceu, décadas atrás. Não me refiro ao caos social, moral e tecnológico do tempo presente. O que Abelardo não encontrava mais era outros como ele. E se os encontrava era em número tão reduzido que não seria exagero pensar em uma espécie em extinção.

Montenegro era um intelectual de um gênero cada vez mais raro. Um erudito, para usar uma palavra que se vai junto daqueles que a justificaram. "Polígrafo" era a expressão que usou para se definir, em sua última entrevista ao Diário do Nordeste, em maio de 2008. Para explicá-la, recorria à outra, do repertório do povo, que tanto estudou: "um homem de sete ofícios".

Se assemelhou aos autores do passado, quando os intelectuais transitavam por diversas áreas e as conjugavam, antes mesmo dos rótulos inter/transdisciplinaridade. Numa biblioteca rica, seus livros serão encontrados nas sessões de Economia, Ciências Políticas, Sociologia e Psicologia Social. "Sou economista e predominantemente um sociólogo, de sociologia regional. Além disso, escrevi muitos trabalhos de Psicologia Social", esclareceu Abelardo.

Como outros intelectuais de seu tempo, Abelardo Montenegro foi um homem de imprensa, atuando no Ceará e em estados do Sudeste. Fundador da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Ceará, lecionou por 30 anos. Como economista, ainda trabalhou para as iniciativa pública e privada.

Produção intelectual

Ainda que não faltem elogios ao todo da produção intelectual de Abelardo Montenegro, foi o conjunto de suas obras sobre o Ceará que chamou mais atenção. O Estado onde nasceu foi um enigma que acompanhou o pesquisador até o fim.

Aos estudiosos da literatura, legou o importante "O Romance Cearense", em que investiga a aparição e trajetória acidentada deste gênero literário em nossa terra de contistas. Para as ciências sociais e políticas, "História dos Partidos Políticos Cearenses" (para não contar os teóricos "Variações em torno da Democracia" e "A Ciência Política no Brasil e Outros estudos").

Do Ceará, no entanto, foi a sociedade sertaneja quem recebeu mais atenção. Quando jovem, Abelardo conheceu o Padre Cícero, em Juazeiro do Norte e, em sua obra adulta, a religião do povo, que viu de perto, reaparece. À religião dedicou "História do Fanatismo Religioso no Ceará" e "Fanáticos e Cangaceiros", além de recorrer a ela em partes de "História do Cangaceirismo no Ceará".

O autor publicou ainda obras em que tentou conferir unidade ao Ceará, caso de "Psicologia do Povo Cearense" e "Ceará: Tentativas de interpretação". "Eu sou um cearense da diáspora. E o Ceará é um centro de dispersão. Morei em vários Estados do Sul e do Sudeste - São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina... Mas ao retornar definitivamente para o Ceará, por amor à minha terra, decidi interpretar a história do Estado, compreender a psicologia do meu povo. Foi aí que iniciei a pesquisa para os vários livros que escrevi sobre o Ceará", relembrou Abelardo Montenegro, em entrevista ao Caderno 3, em julho de 2001.

"Foram várias fases de estudo: a primeira, descritiva; a segunda, elucidativa; e a terceira, interpretativa. Em 1953, publiquei ´Ceará: tentativa de explicação´; em 1959, ´Praça do Ferreira´; e, agora, ´Interpretação do Ceará´", detalhou o intelectual.

DELLANO RIOS
REPÓRTER

Abelardo Fernando Montenegro

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fonte: http://www.ceara.pro.br/abelardo/


Professor, Advogado, Historiógrafo, Jornalista, Sociólogo,
Articulista, Ensaísta e Escritor Cearense

Nasce, a 30 de maio de 1912, Abelardo Fernando Montenegro, filho único do Dr. Paulo Pedro de Moura Montenegro e de Heloisa Semiramis Montenegro. Sua mãe que nascera em 6 de fevereiro de 1894, na foto com 17 anos, falece poucos meses depois de seu nascimento, vítima de peritonite.

Sua morte o deixaria órfão no sentido mais amplo possível, fazendo-o acolher no vazio deixado por sua morte, um amor infindo por todas as mães, carregando pelo resto de sua vida essa admiração especialíssima à figura da mãe. Seu pai casa-se novamente em 1914, com Olga de Azevedo. É criado por sua avó materna, Benvinda de Oliveira Montenegro até os seus dez anos indo então residir com pai e madrasta. Seu pai, então Juiz Municipal da Aquiraz, transformou sua vida de menino mimado. Sua tia, após a morte de sua avó materna, ambas extremamente religiosas, internou-o no Seminário da Prainha, tendo sido contemporâneo de Luís Rocha e Helder Câmara. Ingressa no Colégio Cearense ainda mantendo o pouco interesse pelos estudos, apenas fortuitas incursões em capa e espada e leituras do Gênero.

Em 1928 ingressa no Colégio Castelo Branco. Aí então a atração pela leitura proveitosa toma rítmo e começa a exercer sobre ele total fascínico pelo desconhecido. A História Universal o fazia aventurar-se cada vez mais pelo caminho das letras. Colégio Cearense

Em 1928, seu pai é promovido a Juiz de Direito de Assaré e o leva para o Ginásio do Crato, hoje Colégio Diocesano. A Cidade do Crato, as coisas simples e os amigos que lá deixou estão indelevelmente guardados na memória. Mora parte de sua adolescência e Juventude com seu padrinho Augusto Fiúza Pequeno, (Zeca) que exerceria grande influência sobre o afilhado. É aprovado em primeiro lugar para a Faculdade de Direito do Ceará, em 1932, após 3 meses acamado por violenta febre tifóide. Bacharelando-se em Ciências Jurídicas e Sociais a 8 de dezembro de 1936.Seu primeiro trabalho foi como Jornalista, profissão que exerceria outras vezes, no Jornal Arquidiocesano – "O Nordeste" dirigido por Dom Manuel Antônio de Andrade Furtado, com o cognome de Monte Negro. Pouco depois, em 1935, adere ao movimento Aliança Nacional Libertadora, criando núcleo em Senador Pompeu. Inicia suas atividades como advogado na Comarca de Maria Pereira, hoje Mombaça-CE. Apaixona-se, noiva-se e arrepende-se pouco depois,seria o celibato seu estado civil, decretado pela sensação de que "mulher nenhuma suportaria meu modo de vida, dedicado diuturnamente ao estudo e à pesquisa." Em 1938, abraça a causa maçônica e no mesmo ano, viaja rumo ao Rio de Janeiro, em busca de aventura, espírito aberto, coração ansioso. Acometido de malária, recorre aos primos lá residentes, desfaz-se do anel de bacharel e dos livros e direito e viaja mais ao sul. Florianópolis, SC, o recebe. Cata oportunidade de se apresentar aos intelectuais daquela cidade. Oferece-se para discursar sobre Tobias Barreto, cujo centenário de nascimento ocorreria em dias. O sucesso de seu discurso é tamanho que reserva-se o céu em termos de ascensão naquela cidade, tendo sido parabenizado, entre vários, por Nereu Ramos, Interventor Federal à época. Dias depois transcorreria o centenário de nascimento de Machado de Assis, e seu nome é ofertado para orador oficial. Tal seu desassombro e ousadia quando expressa, em frases de rara limpidez, sua vibrante opinião sobre o escritor mais famoso, à época. Conclui o discurso, com a seguinte frase -- "Machado, a minha geração tem asco de você". Havia na sala: o orador, Ivo D’Àquino - presidente da mesa e, já na porta de saída, Norberto Silveira Júnior, seu amigo. Essa ousadia intelectual o acompanharia por toda a vida, norteando suas obras, pioneiras e contundentes, firmemente baseadas no seu poder de pesquisa, análise e síntese e em sua inabalável autoconfiança. Despede-se de Florianópolis, para onde voltaria mais tarde, e tenta banca de advocacia em Tubarão. Pouco tempo decorre e investe rumo a Araranguá, com o mesmo intuito de advogar. Inquieto por natureza, segue para Porto Alegre, Santa Maria e outras cidades, isso passa-se nos anos de 1939 e 40. Retorna ao Ceará. Após discussão com seu pai, retorna ao sul, agora para Jaraguá-SC. É nomeado promotor de justiça em Santa Catarina, em Jaraguá do Sul (1940-42) retornando ao Ceará pelo Rio São Francisco, rica experiência de viagem. Nesse curto período de retorno ao Ceará, é nomeado Promotor de Justiça na então comarca de Missão Velha (1944). Em 1945, no Ceará, alista-se no Partido Comunista.O chamado do sul era-lhe poderoso e encantador, indo à procura de colocação, sendo aprovado para o Jornal O Dia , em Curitiba, PR. No partido comunista suas idéias sobre o Comunismo logo conflitariam com a burocracia do partido. Solicita, em 1946, seu desligamento com carta ao Jornal O Nordeste, com seguinte trecho: "...O Comunismo, dirigido por um proletariado onerado de complexo e explorado por espertalhões vaidosos, seria a destruição de todos os valores culturais, seria a maior desgraça para o Brasil. O nosso regime ideal, convenci-me, é a democracia alicerçada nos princípios sadios do Cristianismo". Viaja para o Rio onde, em 1949, é aprovado para o Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio chegando a integrar a Delegação do Distrito Federal ao 2º Congresso Pan-americano de Serviço Social (Rio de Janeiro) e à 2ª Conferência das Classes Produtoras, realizada em Araxá, MG. Apesar de ter sido sua fase mais tranqüila em todos os sentidos, o amor pelo Ceará fala-lhe mais alto e então ele, definitivamente, regressa à terra natal. Deste ano em diante, direciona seus esforços para a produção literária e o engajamento acadêmico. É nomeado Professor substituto da Faculdade de Ciências Econômicas. Confirma-se seu sucesso como Orador, a braço solto, não recorrendo a notas, discursa sobre vários e tantos tópicos, dentre eles "Rui Barbosa e a Revolução Industrial no Brasil", "Domingos Olímpio e o Romance de Seca", com sucesso refletido na mídia. Em 15 de agosto de 1951, era indicado para a cadeira da Academia Cearense de Letras, sendo essas as palavras de um dos oradores, Andrade Furtado, sobre sua escolha: "Abelardo Montenegro cultiva, na publicidade, o gênero delicado e complexo, que é a crônica jornalística, aí se localizam as fontes originárias da História. No exame dos fatos ocorrentes, na apreciação das personalidades em foco, acumulam-se materiais indispensáveis, na construção dos anais indígenas. Faz-se mister permaneçam na memória das gerações que se sucedem as ações dignas de perpetuidade, para edificação dos pósteros. ...é a faina de quem, como Abelardo Montenegro, esboça perfis e ressalta fatos, na imprensa e na tribuna, com perícia e oportunidade, no nobre intuito de trazer à plena luz, o que a obscuridade escondia, em prejuízo da contemplação de todos."

Tem passagem pela Associação Comercial do Ceará, período de 1951-52. Em 1951, participa do Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará.

Publica, às suas custas, como viria a ser em quase todas as suas obras, "Soriano de Albuquerque, um Pioneiro da Sociologia no Brasil" e "Presidencialismo, Parlamentarismo e Patriarcalismo", em 1952 e "O Romance Cearense" e "Ceará, tentativas de interpretação", em 1953 e "Antônio Conselheiro" em 1954. com sucesso expressos em crítica. Em 1954, é indicado professor interino para a cadeira Comércio Internacional e Câmbio - Técnica Comercial. Neste mesmo ano publica "Cruz e Sousa e o Movimento Simbolista no Brasil", com repercussões ruidosas na crítica nacional. Em 1956-57, publica, às suas custas, "Variações em Torno da Democracia", "Maquiavel e o Estado", "Juarez Távora e a Renovação Nacional" e "A Missão do Economista no Brasil". Funda, também em 1957, o Núcleo Estadual Cearense da Frente de Renovação Nacional. Neste ano é finalmente aprovado no concurso para a Faculdade de Ciências Econômicas, cadeira Comércio Internacional e Câmbio - Técnica Comercial, com nota 9,9, recebendo ao final, do Professor Nogueira de Paula, um de seus examinadores, o seguinte comentário : "Vossa Excia. apreciando não só como economista, mas também com esteta, a beleza dos teoremas Ricardinos sobre o Comércio Internacional não pôde deixar de ver na política econômica do mercantilismo, que precedeu a elaboração espiritual do gênio de David Ricardo, a base física ou experimental que surgiu, por certo, à formulação de um dos mais belos capítulos da Economia Clássica. É esse o valor que atribuo à sua brilhante síntese, escrita em linguagem elegante e escorreita, com profundo senso de observação terrena, para concluir, afinal, no alto campo abstrato da formulação teórica". Firmando-se na área da Sociologia e da História Política, com seus últimos livros, participa de jornais e revistas, nacionais e estrageiros, sobre a temática. Associa-se à Associação Internacional de Ciência Política, em Genebra. Funda em 1958, o Instituto Cearense de Ciência Política, ICECIPO, cujo objetivo seria a disseminação da cultura política, visando o fortalecimento da democracia. Seria, o ICECIPO, posteriormente considerado de utilidade pública. Neste ano, 1958, publica "A Corrupção do Trabalhismo", no ano seguinte viria à luz "A Praça do Ferreira", "Nordeste e Sul -- Um Confronto", "História do Fanatismo Religioso no Ceará" e "O Homem-Vassoura". Funda, em 1961, o Núcleo Cearense de Rearmamento Moral, filial local de movimento nacional de mesmo nome. No ano seguinte recebia a Medalha Mérito Santos Dumond, em prata, pelos bons serviços prestados à Aeronáutica, repercussão dos seus vários artigos sobre assuntos relativos aquela corporação, especialmente à Aviação Embarcada. Seus livros ganhavam vida própria e autonomia, sendo catalogados em bibliotecas nos Estados Unidos, Argentina, Israel, Portugal e França. Lidera a campanha em prol da federalização da Faculdade de Ciências Econômicas, sendo bem sucedida pelo ano de 1962. Nos anos de 1963 e 64, publica, "O Messianismo Alemão", "John Kennedy e a Cooperação Internacional" e o artigo "Democracia Viva". Participa da elaboração do "Dicitionary of Political Science", publicação americana. Em 1967, publica "Pontos de Economia Internacional" para suprir a lacuna de livros didáticos nesta área. É o primeiro livro escrito por autor brasileiro sobre o tema. Recebia por ele o Prêmio "José de Barcelos", ofertado pela Universidade Federal do Ceará. Seria aperfeiçoado até, 11 anos mais tarde, ser lançado o "Estudos de Economia Internacional." No sentido de prestigiar seus melhores alunos na sua cedeira na universidade e com o apoio da iniciativa privada, institui Prêmio "Irmãos Fontenele" para os destaques de cada turma. É distiguido, em 1970, com o título de "Membro Honorário" do Instituto Histórico e Geográfico de Uruguaiana, RS. Outras entidades, nacionais e internacionais, o tomam com "Membro Correspondente", participando efetivamente da história do Brasil, narrando e colaborando com jornais, revistas, institutos e outras associações. Em 1973, publica "Fanáticos e Cangaceiros" enfeixando vários estudos nessa efervecente área da sociologia e religiosidade. Seu Livro "Soriano de Albuquerque, um Pioneiro de Sociologia no Brasil" recebe o "Prêmio Bibliografia de 1977", do Instituto Histórico e Geográfico de Uruguaiana, RS. É eleito para o Instituto Histórico Geográfico e Antropológico do Ceará, em 1980, resgatando-se assim uma dívida moral a este cearense. Mozart Soriano Aderal, em seu discurso declara: "Da justiça da homenagem não é lícito duvidar. Poder-se-ia, somente lamentar a demora desta consagração pelo muito que Abelardo Montenegro tem produzido com amor indisfraçado sobre a terra de seu nascimento. ...na verdade, sois um dos nossos há muitos anos, por direito de legítima conquista, com a numerosa e escolhida bagagem intelectual e com a preciosa e personalíssima colaboração que vindes dando à bibliografia regional." Nesse mesmo ano publica "Os Partidos Políticos do Ceará" pelo qual receberia da Academia Paulistana de Letras o Prêmio CLIO de História Política. Durante sua vida acadêmica foi homenageado, quer como paraninfo, quer como patrono, ou professor amigo, por 18 turmas da Faculdade de Ciências Econômicas. Aposenta-se, pela compulsória, em 1982, acontece-lhe um grande baque, sustam-lhe o direito de divulgar seus imensuráveis conhecimentos na área a Economia Internacional. Recolhe-se, sem contudo sustar sua produção literária. Por proposta do Centro de Estudos Sociais Aplicados, o Conselho Universitário, por unanimidade, concede-lhe o título de "Professor Emérito da Universidade Federal do Ceará", por relevantes serviços prestados àquela instituição. Colabora com mais de 45 jornais e revistas nacionais e estrageiros. Seus livros foram comentados por mais de 40 jornais ou revistas, alguns rotineiramente. Mais de 150 escritores, ou emitiram juízo crítico sobre suas obras ou citaram comentários sobre seus livros, nas suas obras. Prefaciou 15 obras. Seus dados biográficos constam em 14 obras do gênero, e a crítica de suas obras compõe capítulos de livros de uma dezena de autores.

Expressa, direta ou indiretamente em seus livros e artigos, a visão de estudioso social, no efervecente caldeirão de emoções que compõem a vida do nordestino. Visceralmente ligado ao Ceará, apaixonado por esta terra, externa seu amor via a análise incansável de seu povo com a pujança de quem resgata a própria alma.. Com mais de 35 livros publicados, com três livros por publicar, tenta retratar em seus estudos o sentido da vida, do amor pela terra, da intangibilidade dos fatores que ligam o homem a seu torrão natal. Psicologia do Povo Cearense é sua última obra publicada em julho de 2000, onde ele retrata sua cosmovisão social, baseada em mais de sessenta anos de análise de seu povo e amado Ceará.

Abelardo Montenegro viveu seu tempo em toda a sua intensidade, para orgulho dos cearenses.