terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Como queres que te chame....

Ano 11 - nº 530 - 21/12/2010

FELIZ NATAL!


Como queres que te chame,

Natal de todos os anos?

Amor — mistério do sangue?

Solidão — arma dos santos?


Como queres que te chame,

Natal de todos os anos?

Relógio do tempo em transe?

Flor de luz no caos tirânico?


Como queres que te chame,

Natal de todos os anos?

Nudez banhada em champanhe

Ou pudor de sonhos brancos?


Às nossas vozes cansadas,

À nossa impura linguagem,

Mais vale saber que traças

Uma estrela em nossa carne:


Vale saber que sem nomes

E esquivo a nossos apelos

Serás sempre o horizonte

De nosso humano desejo!


Paulo Gustavo

Recife, 1997

http://consultexto.relazione.com.br/uploads/rodape1_01.jpg

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A lógica da autoestima


"Ter uma boa autoestima é tudo de bom, não é? É algo independente de dinheiro, de beleza, de poder e de cultura, todos têm acesso, depende da conduta.
Tem muita gente buscando a autoestima em livros de autoajuda, repetem meia dúzia de autoelogios e esperam alcançá-lo. Outros acreditam que falar tudo que vem na cabeça, sem reservas, é uma grande autoestima, não desconfiando que são descontrolados.

Tem que haver uma coerência entre o que pensamos, o nosso autoconceito e as nossas atitudes. O psicólogo Nathaniel Branden faz a seguinte colocação: “Há um contínuo fluxo de efeitos recíprocos entre nossas ações no mundo e a nossa autoestima. O nível da nossa autoestima influencia nossos atos, e a maneira como agimos influencia o nível da nossa autoestima.” Isso quer dizer que a pessoa que repete palavras positivas e não age como tal, não terá a conexão entre as ideias e as atitudes - coesão.

E aquele que age desgovernadamente, sem consciência e disciplina sobre as emoções, também está cindido.

Na prática o que Branden propõe é que o nível de nossa autoestima, alta ou baixa, influencia nossas ações. Se a autoestima é baixa, vamos ficar temerosos, inseguros em nossas realizações. Com a autoestima boa vamos estar mais seguros, conscientes, ponderados para os enfrentamentos da vida. A maneira como agimos, confiantes ou inseguros, reflete em nosso autoconceito, em nosso autojulgamento, consequentemente, no grau de nossa autoestima.

Atriz Lupe Gigliotti será enterrada nesta segunda no Rio

A atriz Lupe Gigliotti, irmã de Chico Anysio, será enterrada nesta segunda-feira, 20, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Ela tinha 83 anos e morreu domingo, 19, de câncer no pulmão.


Segundo a Santa Casa, ela será velada na capela 1 e seu enterro está previsto para esta tarde. Lupe morreu em sua casa, em Copacabana, também na Zona Sul.


Maria Lupicínia Viana de Paula nasceu em julho de 1926 em Maranguape, no Ceará. Formada em Direito, Lupe começou a atuar no teatro, na televisão e no cinema na década de 1960. Foram 17 papéis no teatro e 19 em novelas e seriados. No cinema, ela atuou em 11 filmes.

fonte: jornal O Povo, 20 12 10

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Esperar cansa…

Acabei de ler um provérbio. Já contei aqui que sempre que acho provérbios num canto de jornal recorto-os e guardo. Tenho caixas cheias de frases, citações, aforismos, essas coisas. O provérbio que acabei de ler dizia que…

Quem espera sempre alcança

Acho que o sujeito que pensou esse provérbio bebeu, deve ter bebido além da conta e deixou-nos essa bobagem. Bobagem sim.

O provérbio, o aforismo, chame-o como quiser, está incompleto. Se alguém me vier dizer que quem luta, não esmorece, crê e persevera chega à realização do seu sonho, não discuto. Estendo-lhe a mão, é isso mesmo.

Mas só esperar não produz resultados. Os “milagres” só ocorrem diante da fé conjugada à ação. Sem ação, nada feito. No caso dos milagres, ainda que o sujeito pense que não agiu, agiu. Não raro, nossas ações são levadas adiante de modo inadvertido, inconsciente…

Mas sentar-se numa cadeira e crer, apenas crer, leva o sujeito ao cansaço e ao enfado. Talvez seja por isso que muitos são aconselhados a esperar sentados… É que muita gente só espera, não age.

Vivo dizendo aos jovens que me ouvem em palestras que qualquer que lhes seja o sonho pessoal, ele é realizável. Bah, mas quantas vezes também já disse isso aqui? Fico constrangido. O diacho é que o que mais vejo pelos corredores, pelas esquinas, pelas salas de aula, botecos e casas grã-finas é gente desanimada, sem graça, sem esperança, sem anelos. A maioria dos que nos cercam é de pífios, pessoas sem combate, sem ânimo, sem alma, sem fé pessoal.

E se digo que os sonhos, sejam quais forem, podem ser realizados, a razão é simples: ninguém é tão obtuso ao ponto de sonhar com o impossível. O seu sonho, já disse miríade de vezes aqui, pode ser difícil de realização, quase impossível mesmo, mas o “quase” está do lado de cá do possível.

Então, é crer, preparar-se cada vez mais, isto é, qualificar-se e esperar. Aí, sim, esperar. Mas esperar pelo resultado da luta, não pelo simples esperar. Só esperar é de uma tolice tão sem fronteiras que sai do normal e vai ao patológico. Sempre nos vai cruzar o caminho o cavalinho encilhado da oportunidade.

Mas é claro que nesse momento precisaremos estar prontos para o salto. Quem se prepara, quem estuda, se qualifica e luta, ah, pode esperar, a chance lhe vai bater à porta.

Mas não se iluda, leitora, leitor, o que mais anda por aí, e entre os jovens, o que é pior, é gente desanimada. Desses, fique longe. São contagiosos quando não somos firmes na obstinação da certeza pela realização dos nossos sonhos.

Postado por Luiz Carlos Prates, Florianópolis

Estradas


via charge online

domingo, 12 de dezembro de 2010

A vida passa rápida ou passa rápido?

Por Thaís Nicoleti - portal uol

“Lembre-se: a vida passa muito rápida.”

Adjetivos concordam em gênero e número com os substantivos a que se referem. Isso é verdade, sem dúvida, mas há casos em que o adjetivo funciona como um advérbio e, como tal, permanece invariável.

Muito bem. Para entender essa questão, é preciso observar as relações entre os termos de uma oração (ou mesmo de um texto). No caso em questão, será que “rápido” é uma característica da vida ou será que é o modo como ela passa? A resposta a essa pergunta é a chave do problema.

Se não concordássemos com a referida afirmação, poderíamos dizer que “a vida passa lentamente, vagarosamente, devagar” – o que fizemos aqui foi substituir “rápido” por uma série de... advérbios! Também poderíamos dizer que “a vida passa rapidamente”.

Ora, sendo assim, o adjetivo “rápido” funciona na construção como um advérbio, portanto não se flexiona. “Rápido” é o modo como a vida passa. Sintaticamente a palavra modifica o verbo “passar”, não o substantivo “vida”.

É exatamente esse tipo de construção – bastante comum na língua falada – que ocorre quando dizemos que “certas pessoas falam alto”, que “outras falam baixo” e por aí afora. A fertilidade desse tipo de estrutura é tal que foi empregada num popular anúncio publicitário de certa marca de cerveja, em que se afirmava que a referida cerveja “descia redondo” – ela não desce “redonda”, certo? A ideia era dizer que a bebida “desce” de maneira redonda, suavemente.

Então, fica a lição: adjetivos adverbializados permanecem invariáveis (no masculino singular). Veja abaixo a correção:

Lembre-se: a vida passa muito rápido.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Tempo

A velhice, hoje, é longa, demorada. Quem não poupar enquanto jovem, quem não investir pensando no futuro, vai ter sérias encrencas. É preciso “ter” para poder cuidar bem da saúde e viver uma vida de razoável qualidade nos adiantados da vida. E esse tempo começa hoje. Ou já é tarde…[Prates]

Língua inglesa

Ano 11 - nº 528 - 09/12/2010 CONSULTEXTO

POR UM VOTO!

A língua inglesa não se tornou “naturalmente” a língua oficial dos Estados Unidos da América. Na verdade, ela disputou com o alemão, o hebraico e o francês quando do nascimento do novo país. Desses idiomas, o alemão era o favorito, já que havia muitos nativos falantes dessa língua e a presença de soldados alemães “alugados”, que, depois de servirem aos ingleses, passaram para o lado dos americanos.

Mas o Congresso Continental, durante a Revolução Americana, por um voto!, decidiu-se pelo inglês.

Fonte: Berlitz, Charles. As línguas do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.Ano 11 - nº 528 - 09/12/2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Casamento

Elas

Ouvi uma boa. Veio de um psicanalista. Uma mulher contou a ele que só não se separava do marido, que não valia nada, pelo medo de ficar sozinha. O psicanalista disse a ela que ela já estava sozinha. Que beleza. Vale para multidões de mulheres…[ Luiz Carlos Prates]

Visite o blog do Prates...pra lá de bom! Esprema AQUI.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ROUBADA MAS NÃO CALADA

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via blog CANTINHO DA DALINHA


1

Amigos eu viajei,

Sem dar explicação.

Fui a minha terra

Defender o meu quinhão,

Pois lá chegou o progresso.

Causando devastação.

2

É estrada pra todo lado,

Cortando serra e sertão

E nas terras que são minhas,

O governo meteu a mão,

Sou mais uma brasileira,

Atacada por ladrão.

3

Pela frente fui roubada,

Pelo governo estadual.

Já na parte dos fundos,

Foi mesmo o municipal.

Só me faltou ser roubada

Na esfera federal.

4

Não fujo nunca da luta

Essa é minha posição.

Vou brigar até o fim,

Em minha jurisdição.

Essa corja só me cala,

Com bala no coração.

5

Foi-se o tempo do cangaço,

E dos coronéis também.

Mas ficaram os políticos,

Onde poucos são do bem.

Passam por cima da mãe

Pra conseguir o que tem.

6

Se eles não respeitam a lei

A eles não vou respeitar.

Sou mulher e sou valente,

E quem quiser me afrontar

Tenho voz e tenho espaço

Pros desmandos propagar.

7

Não se invade espaço,

Sem desapropriação.

Ganhar na marra no grito

Desculpe-me cidadão,

É coisa de cafajeste,

De golpista e de ladrão.

8

O que eu disse assino

Medo eu não tenho não.

Aqui quem está falando,

É Dalinha Aragão,

Catunda das Ipueiras,

Roubada em seu rincão.



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Foto na janela da casa grande no meu sítio em Ipueiras-Ce
Texto Dalinha Catunda

domingo, 21 de novembro de 2010

Lançamento


CONVITE

Dia 28 de novembro, às 16 horas, na Praça Verde do Dragão do Mar, estarei lançando o livro O SENHOR DO TEMPO E OUTRAS HISTÓRIAS das Edições Paulinas, que esse ano participou da exposição dos melhores ilustradores do brasil, A TRAÇANDO HISTÓRIAS, na Feira Internacional do Livro de Porto Alegre.

Vai ter show, contação de história … e espero que também tenha a sua presença encantando a nossa tarde de lançamento.

Fabiana Guimarães - Fagui

http://fabianaguimaraesrocha.blogspot.com/

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

100tido

tendo sempre em vista... o conhecer

tem de tudo... o ser

tudo tende a ser... o tido

tudo tende a ter... 100tido [as] 14/11/2010

sábado, 13 de novembro de 2010

O TEMPO

passa

passo a passo...

e

pasmantes

ultrapassamos

pensamentos

passamentos

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viver é ultrapassar...

Airton Soares 13/11/2010

Tiririca


via CHARGE ONLINE

sábado, 6 de novembro de 2010

O DNA dos vencedores

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O DNA dos Profissionais Vencedores

“Doutor, o meu negócio depende de uma coisa só – do freguês, dos meus dois auxiliares e do fluxo de caixa. O resto é o resto!”, respondeu o dono de uma padaria em Poconé, Mato Grosso, ao ser perguntado sobre a causa do seu sucesso. O “padeiro de Poconé” nunca entrou numa escola, nunca aprendeu a departamentalizar o seu negócio. Mas tem uma rara competência: pensa de forma integrada sobre a essência do seu negócio!

O aprendizado de competências faz movimentos comparáveis aos do coração, de sístoles e diástoles. Em alguns momentos é necessário fazer uma contração (sístole), ou seja, integrar as competências que já temos, às vezes de forma dispersa. Em outros momentos, é preciso expandir (diástole) as suas fronteiras e aprender novas competências.

Primeiro, vamos pensar no movimento da contração, a sístole. A lição do padeiro de Poconé é bastante útil para salientar que existem três competências fundamentais que precisam ser integradas se desejamos ter sucesso em nossas carreiras e em nossos empreendimentos: (1) a gestão de pessoas; (2) a gestão de clientes; e (3) gestão de resultados.

Visualize, leitor, um triângulo: no vértice de cima, o cliente. Nos dois vértices de baixo, um representa as pessoas, o outro os resultados. No centro do triângulo, comprometimento.
Na minha experiência desde meus tempos de executivo, comprometimento é conseqüência da boa gestão de clientes, da boa gestão de pessoas e do foco nos resultados.
Não dá para falar em gestão de pessoas, sem falarmos na gestão de clientes. E vice-versa. Recursos humanos e marketing precisam aprender a andar de mãos dadas e não de costas um para o outro como tem sido a tônica. Quando maximizamos a sinergia de ambos, os resultados aparecem.

Acontece que dividiram o indivisível em três departamentos: o de marketing, o de RH e o de planejamento estratégico. E, infelizmente, vemos especialistas, experts, que só entendem de uma dessas três áreas que, no fundo, não são três. É uma só! E tem prevalecido o lema do “cada macaco no seu galho”. Isso pode até ter funcionado na Era Industrial, mas na Era dos Serviços os vencedores serão aqueles que conseguirem integrar 3 letras – P, C, e R: P de pessoas, C de clientes e R de resultados. Esse é o DNA dos profissionais vencedores.
Sempre nos queixamos dos feudos, dos departamentos, das “ilhas de competência”, que não conseguem se transformar no “arquipélago de excelência” com que sonhamos. Lutamos para integrar nossas equipes.

Mas desconfio que precisamos integrá-las antes na nossa mente. Na forma de pensar. Precisamos unir mentalmente o que nunca deveria ter sido separado. Enquanto pensarmos em departamentos especializados vai ser difícil integrar equipes. Quando mudarmos nossa forma de pensar será mais fácil mudar.

Já falei da sístole, da necessidade de integrar três competências essenciais ao sucesso. Agora vamos falar da necessidade de expandir as fronteiras do conhecimento em cada uma das três competências abaixo:

  • Precisamos entender que o sonho é a primeira etapa do Planejamento Estratégico. Precisamos valorizar o intangível, o emocional, o desejo, o ilógico que muitas vezes é o que determina o rumo das empresas. Estratégia não é apenas macro-econometrica, racional, lógica. Grandes empresas que existem hoje como Natura, Embraer, Alpargatas foram fruto de líderes que sonharam de olhos abertos, acordados. Não nasceram grandes. Começaram pequenas, sonharam grande e cresceram rápido.
  • Precisamos aprender que cliente não é responsabilidade apenas das áreas de marketing, vendas e comercial. É responsabilidade de todos, do porteiro ao presidente. Isso implica na nossa responsabilidade de preparar todos para interagir com os clientes. Infelizmente, muitas empresas perdem clientes porque as áreas de contabilidade, logística, jurídico, produção, etc. não foram preparadas para isso. Por isso criei em 1998 o termo clientividade. Criei uma palavra que não existe porque queria ir além do marketing. Muito além. Clientividade trata de atitudes e posturas. Vai muito além dos 4 Ps do Philip Kotler que fala de produto, preço, promoção e place, mas esqueceu do mais importante, do cliente, que deveria estar no centro do modelo. A clientividade fala do intangível, invisível, daquilo que o freguês não pega, nem vê, mas sente: atitudes!
  • A terceira diz respeito à necessidade de expandirmos a fronteira do conhecimento sobre liderança. Infelizmente, estamos formando líderes para uma realidade que já não existe mais. Se desejamos construir famílias mais felizes, empresas mais saudáveis e comunidades mais solidárias, precisamos mudar a forma de pensar a liderança, que não é sinônimo de carisma, nem de cargo ou posição social. Liderança não é coisa de uns poucos privilegiados, visionários. Liderança não é coisa de salvadores de empresas nem de salvadores da pátria.

Precisamos de líderes que não se contentam em formar seguidores, formam outros líderes. Não ficam felizes em fazer apenas o combinado, surpreendem pelos resultados. Não se conformam em oferecer empregos, oferecem causas. E não inspiram apenas pelo carisma, mas pelos valores.

E agora, leitor? Pense nas sístoles e diástoles de seu coração e liste quais as competências que você precisa integrar e as que você deve expandir para ampliar suas fronteiras como profissional.

= = =

via ÉPOCA NEGÓCIOS -

ESTRANGEIRISMO OU NÃO?

Ano 11 - nº 523 - 04/11/2010
ESTRANGEIRISMO OU NÃO?

Todos os estrangeirismos devem ser grafados em itálico. Todos?

A verdade é que não faz sentido continuar considerando estrangeirismos termos que já se incorporaram ao cotidiano. São exemplos palavras como software, sex shop, reality show, performance, slogan e status. Não há necessidade de realçá-las já que se tornaram familiares e “cidadãs” do nosso português. Cabe, assim, ao bom-senso de redatores e revisores o uso oportuno do itálico e sua padronização num dado texto.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A sabedoria da velhice

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A Sabedoria da Velhice Aquele que envelhece e que segue atentamente esse processo poderá observar como, apesar de as forças falharem e as potencialidades deixarem de ser as que eram, a vida pode, até bastante tarde, ano após ano e até ao fim, ainda ser capaz de aumentar e multiplicar a interminável rede das suas relações e interdependências e como, desde que a memória se mantenha desperta, nada daquilo que é transitório e já se passou se perde.

Hermann Hesse, in 'Elogio da Velhice'
- via CITADOR

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A ilusão da meninice
com os meus netos se refez,
agora em plena velhice
eu sou criança outra vez
. [ Fernando Câncio - UBT - Ce]

sábado, 16 de outubro de 2010

Ser

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via blog do PRATES

Qualquer um pode ser o que quiser na vida, qualquer um. E sem ajuda, basta autodeterminar-se diante de um propósito, traçar um plano, agir e perseverar. Vai dar certo. A maioria quer “concurso”, salário garantido e pouco trabalho. Não devia ter nascido, nunca será nada. Qualquer um, repito, pode ser uma excelsitude na vida. Por si.

Morre em São Paulo o psiquiatra José Angelo Gaiarsa

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JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO

Morreu neste sábado aos 90 anos o médico psiquiatra José Angelo Gaiarsa. Segundo sua neta Laura, Gaiarsa morreu em São Paulo por volta das 5h enquanto dormia. A família ainda não sabe a causa da morte.

O velório será hoje, a partir das 14h, no cemitério São Paulo. O corpo será enterrado no cemitério da Assunção, em Santo André, onde o psiquiatra nasceu. José Gaiarsa era divorciado e deixa três filhos e oito netos.

Divulgação
Morreu neste sábado, em SP, o psiquiatra José Angelo Gaiarsa
Morreu neste sábado, em SP, o psiquiatra José Angelo Gaiarsa

Nascido em 19 de agosto de 1920, Gaiarsa sempre será lembrado como um iconoclasta, conforme disse seu filho Flávio à Folha.

Zeca, como era conhecido pelos amigos, falava muito contra a estrutura familiar clássica, segundo ele a maior geradora de neuroses nos indivíduos, e apoiava abertamente, em redes de rádio e TV, a liberdade feminina já na década de 1960.

Clinicou por mais de 50 anos, publicou 30 livros e por dez anos teve um quadro de televisão em que esclarecia dúvidas dos telespectadores.

Vindo de Santo André, de uma família de seis irmãos e irmãs, entrou na Faculdade de Medicina da USP em primeiro lugar, posição que manteve por toda a graduação.

Casou-se com Maria Luiza Martins Gaiarsa, cirurgiã e colega de turma, com quem teve quatro filhos homens: Flávio, Marcos (já morto), Paulo e Dácio. Separou-se em uma época em que o rompimento das relações matrimoniais era controverso.

Foi introdutor de Carl Gustave Jung e William Reich no Brasil, psicanalistas ideólogos da revolução sexual.

Seu primeiro livro, "A Juventude Diante do Sexo", veio a partir de um artigo de capa para a revista "Realidade" sobre o comportamento sexual da juventude que passava por profundas modificações.

Seu último livro publicado foi o "Meio século de Psicoterapia". Atualmente, estava revisando para reedição a obra "Respiração, Angústia e Renascimento".

Seu último prêmio foi do International Academy of Child Brain Development,do Institute for the Achievent of Human Potential, decorrente de um trabalho recém concluído sobre o desenvolvimento físico, cerebral e emocional das crianças.

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via FOLHA.com

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Opinião

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Opinião Independente É fácil viver no mundo conforme a opinião do mundo: é fácil na solidão viver conforme a própria opinião; mas grande homem é o que, no meio da multidão, conserva com plena serenidade a independência da solidão.

Ralph Waldo Emerson, in 'Ensaios'


via CITADOR

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

COMO CORTAR TEXTO

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Como cortar um texto - via revista LÍNGUA PORTUGUESA
Dizer o essencial se compara à poda de uma árvore: aparar o excesso é sempre revigorante

Braulio Tavares

Escrever é cortar, disse um escritor que sabia do que falava. Isso assusta principiantes, a quem o difícil é produzir algo. Sofrem do problema de Kafka: "Quando finalmente consigo colocar uma palavra no papel, não tenho senão esta, e todo o esforço recomeça". Esse problema, contudo, só afeta metade da população. A outra metade é uma cachoeira ininterrupta de texto que se derrama sobre a página como uma comporta de Itaipu despejando um bilhão de litros de tinta por minuto e sem ter a menor noção de como chegar a um ponto final ou, quando o consegue, sem saber como voltar e reduzir essa extensão inesgotável de texto para atender aos telefonemas impacientes do editor que lhe faz a pior das ameaças: "Se não cortar, eu mesmo corto".

Aliás, poderíamos reescrever assim este último trecho:

"A outra metade é uma comporta de Itaipu despejando um bilhão de litros de tinta por minuto, incapaz de fazer ponto final ou de cortar algo, mesmo quando o editor ameaça: - Se não cortar, eu mesmo corto".

Caímos de 78 palavras para 38, e o essencial foi dito.

Procura
A primeira versão de um texto pode ser cortada sem perda de substância, porque a substância, o que o autor quer dizer, nem sempre está claro em sua mente no primeiro momento da redação. Todo mundo escreve procurando. Escreve reproduzindo com palavras uma série de impulsos mentais desencontrados. Ninguém concebe uma frase pronta, definitiva, reluzente, intocável. Frases desse tipo geralmente levam quinze minutos de poda e polimento. No máximo, podemos imaginar que o autor pensou, pensou, e quando se sentou para escrever já escreveu a frase definitiva; mas a poda e o polimento existiram do mesmo jeito.

A maioria das pessoas escreve de improviso, ou seja, vai verbalizando as ideias à medida que elas lhe ocorrem. Escrevem, como se dizia, "ao correr da pena". Nossas ideias, principalmente as ficcionais, nem sempre nos surgem sob a forma de palavras específicas. É mais comum que nos surjam como fragmentos de situações narrativas, cenas semivisualizadas, vontade de dizer certas coisas, de registrar emoções, narrar vislumbres de coisas não acontecidas... Sabemos mais ou menos o que deve acontecer, sentamos diante do teclado e o resto é improviso. Como esperar que desse improviso já brotem as melhores frases? Após o esforço inicial de trazer as coisas para o papel, começa outro esforço para tornar essas coisas mais parecidas com o que tínhamos em mente de início. Quando não sabemos o que estamos pensando, escrevemos pouco, as palavras pingam de uma em uma. Quando sabemos demais, não há dedos nem teclas que bastem. Já temos tudo pronto na mente mas é preciso cumprir essa tarefa exasperante de digitar as letras de uma em uma!

Começo
O que cortar? Uma das primeiras coisas é cortar aqueles fragmentos do discurso que não dizem nada mas que nos ajudam a manter o fluxo verbal. Coisas como "Para não falar de....", "antes de mais nada...", "acima de tudo...", "não é preciso dizer que...", "é interessante notar que...". Para que serve isto? Para o mesmo que serve o nosso "hããã..." ou "humm..." quando estamos respondendo algo em voz alta: para emitir diante do interlocutor uma falsa verbalização enquanto a verbalização verdadeira está sendo processada em outro setor da mente. Serve para dizer algo como "calma, não parei de falar, a vez ainda é minha, daqui a pouco direi algo que faz sentido".

E as enumerações? Quando enumeramos, tendemos a sair enfileirando detalhes, minúcias, fragmentos, exemplos, imagens, aspectos, até que um abençoado "etc." estanca a hemorragia. Mais outra: sinônimos. É muito comum a gente escrever algo como:

"Precisamos de uma sociedade mais justa, mais humana, mais equilibrada, mais democrática, mais sadia, mais igualitária..."

Tipos de texto
Estamos procurando a palavra que exprime melhor nosso sentimento, e fazemos uma lista dessas palavras no correr do texto. O momento de achar essa palavra é depois, na revisão; e cortar o restante.

Num artigo de ideias é bom chegar a uma prosa enxuta, com variedade de ideias, não de vocabulário. Uma prosa que diga as coisas com precisão, e, quando elas têm de ser imprecisas, que sejam ditas com uma imprecisão deliberada. No caso de textos literários, o momento de cortar é também um momento de saber que tipo de efeito queremos produzir.

O texto literário nem sempre procura a limpidez. Às vezes queremos exprimir (por meio de um personagem ou narrador) uma maneira de dizer as coisas que é turva, ou prolixa, ou incoerente. Tudo bem, contanto que, ao sairmos do âmbito do personagem, essas qualidades fiquem lá com ele.

Já vi muitos autores dizerem que sentem pena de cortar os próprios textos; me identifico com os que cortam com prazer. São dois prazeres sucessivos: o de derramar no papel tudo a que temos direito, e depois o de tirar tudo que não serve mais. São como o prazer de jogar futebol na lama e depois tomar um bom banho. Um texto não é uma pintura a óleo onde o que não nos agrada pode ser coberto com novas camadas. Melhor vê-lo como um jardim. Os trechos que estamos cortando são coisas que vão comprometer o que queremos para esse jardim, seja o rigor ou a espontaneidade, seja a harmonia ou o contraste. Cortar é também uma forma de criar. Na escrita, o começo do processo parece com a pintura; o final parece com a escultura.

Sugiro ao leitor interessado neste tema que procure edições antigas de Tutaméia e de Sagarana, de Guimarães Rosa, pela Editora José Olympio, ou a edição das Sete noites de Jorge Luís Borges pela Max Limonad, para ver reproduções em fac-símile dos manuscritos originais, mostrando os numerosos cortes, consertos e remendos de dois escritores que sabiam dar peso e função a cada palavra.

Braulio Tavares é compositor, autor de Contando Histórias em Versos (Editora 34,2005).
btavares13@terra.com.br

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nobel de Literatura 2010

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Vargas Llosa, finalmente!

Ótima notícia: Mario Vargas Llosa ganhou o Nobel de literatura.

Agora, os amigos que preferem Garcia Márquez não têm como argumentar que Llosa não tinha o Nobel.

Sempre curti mais Llosa. Desde que li “A Guerra do Fim do Mundo”, virei fã. Gosto muito de “A Casa Verde” (1966) “Conversa na Catedral” (1969) e “Tia Júlia e o Escrevinhador” (1977), mas meus três livros favoritos dele são:



“Pantaleão e as Visitadoras” (1973)

História engraçadíssima sobre um militar, Pantaleão Pantoja, que recebe a missão de montar um puteiro na selva amazônica para aplacar a fúria sexual dos soldados, que estão atacando moças, velhas, bodes, e tudo que encontram pela frente.

Llosa narra a trama por meio de cartas oficiais e memorandos do Exército. De rolar de rir.


“A Festa do Bode” (2000)

Um dos livros mais assustadores que já li. Conta a história de Rafael Leonidas Trujillo, o sanguinário ditador da República Dominicana, e da trama para assassiná-lo, em 1961.

Llosa faz um retrato se um monstro que não poupava sequer seus colaboradores de humilhações e violência. Era impressionante a forma como Trujillo conseguia dominar pelo medo e a desconfiança, jogando um colaborador contra o outro.


“A Guerra do Fim do Mundo” (1981)

Meu livro predileto de Llosa. Narra a saga de Antônio Conselheiro e seu exército de beatos em Canudos.

Extremamente violento, o livro é um documento histórico fascinante e um relato surreal sobre a guerra religiosa no sertão. Leia a primeira página, e não dá pra parar.


FOLHA.COM via blog André Barcinski

Dia das crianças



via CHARGE ONLINE

Resgate de mineiros no Chile poderá ser antecipado

CRONICHETES

12/10/2010

Enquanto isso – na superfície - o filme “ Los 33” está quase pronto.... a mídia usa, abusa e se lambuza das “últimas notícias”.... parte da família dos soterrados disputa a ferro e fogo, o melhor cachê. A qualquer momento mais escavações. [AS]

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Morre EURICO BIVAR

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7 de outubro de 2010 às 12:35

Artista plástico Eurico Bivar morre vítima de latrocínio dentro de casa

O corpo estava no corredor da casa, com um cinturão em volta do pescoço. Vizinhos notaram falta de objetos

Eurico Bivar (Foto: Blog Ipuense)

O corpo da artista plástico Raimundo Eurico Dibivar Lima, 60, o “Eurico Bivar” foi encontrado, pelos vizinhos, na residência dele, na rua Instituto do Ceará, no bairro Benfica, em Fortaleza, na manhã desta quinta-feira (7). Ele estava com um cinturão em volta do pescoço. O perito Jesus Sales constatou que a vítima foi assassinada por meio de asfixia mecânica.

Leia mais:
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Acusados da morte de Marcela Montenegro são condenados a mais de 20 anos de prisão

Raimundo Dibivar morava só. Por volta de 21 horas de quarta-feira (6), ele foi visto chegando à casa dele sozinho. Na manhã desta quinta, os vizinhos estranharam o fato da porta da casa estar aberta. Uma vizinha o chamou várias vezes, mas não teve resposta. Ela e outros vizinhos resolveram entrar. O corpo do artista estava caído no corredor da residência.

Os vizinhos sentiram falta da carteira, com dinheiro e documentos; de um computador e de um televisor, caracterizando latrocínio (assalto seguido de morte). Devido ao estado de rigidez cadavérica, o artista plástico deve ter sido assassinado ainda na noite de quarta-feira (06).

Os policiais da Divisão de Homicídios iniciaram as investigações sobre o crime. Os vizinhos foram ouvidos preliminarmente, entretanto devem comparecer à DH, para fornecer descrições físicas das pessoas que costumavam frequentar a residência de Raimundo Dibivar. Dessa forma, será possível confeccionar os retratos falados dos suspeitos.

Redação Jangadeiro Online, com informações da repórter Emanuella Braga

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Eurico Bivar era nosso professor de teatro no SESC - FORTALEZA [AS]

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Elas são falsas

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via blog do PRATES

"As mulheres, e alguns homens, estão se destruindo por nada. Mulheres que se deixam levar pelos modismos e pelas exigências estúpidas de um mundo que não deu certo e que, a passos largos, caminha para o abismo das depressões, das loucuras e dos suicídios. Nunca tanta gente se matou quanto hoje.

Falo dos modismos para ficar bonita. No passado, você via a foto de uma atriz, de uma mulher, de uma moça qualquer numa revista e a admirava, a desejava. A mulher era aquilo que ali estava. Se era linda, era linda. Hoje, não.

Hoje é tudo mentira. Você abre uma revista, tipo Playboy, por exemplo, e não acredita mais no que vê. É tudo foto retocada, de photoshop, como se faz hoje.

Bom, não vamos longe. Essas fotos das mulheres candidatas que andam por aí, nas paredes, nos postes, tudo falso. Você encontra a pessoa “ao vivo” e leva um choque _ meu Deus, preciso de óculos! Não, não precisa, é aquilo mesmo.

E diante das exigências de beleza, uma modernidade só para mulheres, as meninas, desde pequenas, passam fome, vestem-se como palhaças já visando a conquistar um bermudão. Bah, que horror! Como se o tipo valesse a pena.

E essa luta pelas aparências está levando multidões ao endividamento, por exemplo. Já falei disso aqui. Tenho andado pelas empresas falando disso, das necessárias habilidades de as pessoas conviver bem com o dinheiro. Sem ele, nada somos. Com eles, ainda que apenas no suficiente, já muitos enlouquecem. Não sabem o que fazer ou, pior do que tudo, descobrem que continuam pobres. Da pior das pobrezas, a da cabeça.

Ficar rico por dentro, ter uma boa cabeça, apurar o caráter, ser pessoa digna de confiança, amigão daqueles confiáveis, ah, isso não, isso é para trouxas. O que vale são as aparências, tudo aparências. Amigos de aparência, “doutores” de aparência, cônjuges de mentirinha, tudo falso, mas o que importa é passar a imagem de gente fina, boa.

Passe pela farmácia e pergunte ao farmacêutico o que ele mais tem vendido. Vai dizer que são antidepressivos, ansiolíticos, “eretores” artificiais de potência masculina, tudo de acordo com a modernidade. É preciso parecer ser. Ser é para os santos…

Não acredite naquela lindona ali do poste ou do outdoor, ela é falsa. Quer-lhe passar a perna. No bom sentido, é claro. Ou seria no mau…?"

sábado, 2 de outubro de 2010

"AS" em AÇÃO NO SESC FORTALEZA - BAZAR DAS LETRAS












































































Lançamento do livro de Fabiana Guimarães SEU MIGUELITO E A MALA DE BONECOS com ilustração de Eurico Bivar... E este amigo que vos digita animou a festa!