sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pobre, dos Pobres / ALQUE



POBRE, DOS POBRES ...

Pobre, dos pobres do mundo inteiro...
Que de janeiro a janeiro,
Levam a vida por um triz.
No inverno escorrem nos bueiros,
No verão queimam em braseiros...
E nem sabem o que é ser feliz.

No peito há um frio, de campo minado...
Cruzar o rio, está arriscado...
Pois tem cerca no meio...
E sempre pelo correio,
Seus sonhos são confiscados.

Tom da pele , não muda clemência...
Sua presença ou ausência,
Nada tem a ver com a cor.
Nos pólos, sofrem com o frio...
E o prato é também vazio,
Na linha do Equador.

ALQUE { Abracista}

comentários:

Blogger Dalinha Catunda disse...

Oi Alque,
Retratar a pobreza é uma tarefa difícil, mas cabe aos poetas esta missão.
Você com sua nobre visão retratou com maestria.

Um abraço, amigo
Dalinha Catunda


Airton Soares - "AS" disse...

POBRE, DOS POBRES ...

Poesia... penetrante como um estilete..."realismo exato e minuncioso"...uma gangorra enguiçada...que só desce em direção à linha do EquaDOR...que horror!

2 comentários:

Eu e Alque disse...

Amigo AS, sinto-me contente por esta participação no seu blog, um espaço onde muito se aprende.
Abraço Alque!!

. disse...

Tamos...aqui..entre sem bater!

A braço S