Janela aberta

Janela aberta

Publicado por » Antonio Filho



Por Fabiana Guimarães

A tarde estava disposta ao seu fim. No corpo do ocaso um pássaro cantou seu canto conhecido e raro repicando sonoridade naquele espaço de tempo. Com fala melodiosa - de pássaro - ele conduzia a todos para um lugar de sonhar a vida... Para além Dali.

Muitos dos que passavam paravam para ouvi-lo. Já os que ali estavam, iam se mobilizando cada um ao modo da sua necessidade de escutar pássaros… Aquele canto atingindo almas, destravava adornados e adormecidos sonhos.

Fui vendo em cada rosto, sonhos sendo traçados... Estradas nascendo... Rios mergulhados... Risos abertos arrebentando nascentes de liberdade... Todos relembravam e desejavam o gosto bom de voar e cantar.

Ser pássaro naquele instante em que a vida abriu gaiolas era o que eles mais queriam para fazer o voar se dar para além das imagens.

Foi bom. Foi tão bom que até aqueles que só acreditam no que podem tocar, destravaram suas fantasias e tentaram capturar o pássaro. Porque sonharam com a possibilidade de ter, todos os dias, aquele cantar de acordar sonhos pendurados em uma gaiola... Na varanda de suas casas.

Comentários

.Airton Soares disse…
Sonhos...Canto...pássaros. Jamais passará despercebido aos olhos de quem só sonha com as nascentes de liberdade.

Parabéns Fabiana Guimarães