sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Quando fico sabendo de uma história de sucesso, não raro, fico com raiva, muita raiva. É que

Se eles podem…

Quando fico sabendo de uma história de sucesso, não raro, fico com raiva, muita raiva. É que esse tipo de sucesso que me irrita resulta de velhas e constrangedoras verdades. Verdades que, todavia, são contestadas por paspalhos das desídias existenciais. Ah, que frase é essa, melhor é dizer paspalhos do fracasso, das mediocridades dominantes.

Acabo de ler sobre uma escola “pública” de Porto Alegre que tornou-se um formidável caso de sucesso. Razão do sucesso? Uma drástica aplicação de códigos disciplinares e de honrosas e públicas premiações aos bons alunos. Em outras palavras, nessa escola bom aluno é cortejado, aplaudido, estimulado, ganha prêmios. Isso mesmo, ganha prêmios.

Acaso não será isso andar na contramão dos obtusos que pregam a pedagogia do amor, que não é outra coisa senão que igualar os desiguais? Tratar bons alunos e vadios por iguais é crime, castigo contra os bons. Nessa escola, isso desapareceu.

O nome do colégio é Instituto Paulo da Gama. Nele, quando um aluno falta, a família é procurada, por que faltou, onde estava, o que aconteceu? Ah, isso faz com que os “matões” de aula pensem duas vezes antes da gazeta…

A taxa de abandono escolar, em três anos, caiu de 36% para 12%, não é notável? Bons alunos, notas elevadas, ganham entradas para teatro, cinema, passeios. E se o aluno morar longe, tiver sérias dificuldades econômicas de família, ganha vale-transporte. E a disciplina é magnífica.

Ninguém usa boné em sala de aula. Bonés possibilitam que um safado se esconda debaixo da aba depois de uma pilhéria… ou faça caras e bocas na dissimulada bagunça. Ah, e ninguém usa óculos escuros em sala de aula, não se trata de óculos de míopes, mas daqueles óculos espelhados que otários metidos a sebo costumam usar aqui entre nós… Nada disso é tolerado.

E tem funcionado, bah, tudo funciona, as famílias, os pais, estão gostando, os alunos não reclamam e a escola vai de vento em popa. Tão fácil. Por que não se generaliza esse tipo de postura administrativa nas escolas? Por covardia, medos dos diretores, não ousam, temem perder o cargo, não se comprometem, apenas vão e voltam da escola…

Cumprimentos à direção do Instituto Estadual de Educação Paulo da Gama, um exemplo para o Brasil.

Nenhum comentário: