quinta-feira, 17 de março de 2011

E o restaurante?

Por Airton Soares


Dia desses, nos corredores da UNIFOR, encontrei-me com Meire, ex- aluna do curso MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL. Trocamos rápidas palavras.

- E o restaurante?

- Tá saindo! (não falou exatamente assim, mas o sentido foi esse.)

Desejei-lhe boa sorte.

(Enquanto isso , do outro lado, a turma...)

- E aí, AS, aonde você quer chegar?

- Quero chegar, turma, na região italiana da Toscana e dar sentido à pergunta, - “E o restaurante?” - resumindo para vocês dois exemplos de um texto que fala sobre como se faz marketing sem grana ou com pouca grana, extraídos da revista SUCESSO, nº 11 de fevereiro de 2004.

Vamos lá!

Exemplo 1

Região italiana da Toscana. A cena se passa em um açougue. Não é um açougue qualquer. O que há de diferente lá é um homem chamado Dario Cecchini, o dono da loja, que enquanto trabalha, recita sem parar poemas de Dante Alighieri, autor da Divina Comédia, ou poemas florentinos. Lembrei-me de quando trabalhava no BEC. Foi, não foi, fazia algo assemelhado, mas de forma doméstica e sem foco. Retornemos à Toscana... e tem mais: durante a epidemia da vaca louca, que atrapalhou o comércio da carne em toda a Europa, convocou a imprensa... artistas...( o músico Sting e o ator Michael Douglas) para a assistir ao funeral de uma bela peça de bisteca que foi enterrada com pompas em frente à sua loja. Sucesso total! Show!

Exemplo 2

Empresário: Mário Araripe - fabricante de jipes (Troller). Estratégia: sem condições de competir com as campanhas gigantes, usou as qualidades do próprio carro como método de divulgação. Convidou jipeiros `fanáticos´ para dirigir seus carros em dunas, matas... (...) Anotou todas as sugestões dos jipeiros e foi fazendo alterações na mecânica até chegar a um desempenho que combinava resistência e agilidade". (...) Depois... inscreveu os jipes nos rally.. Sucesso!

E aí, já pensaram o que pode ser feito na empresa de vocês?

Enquanto isso, entretenho-me a matutar: se a turma gostar desse relato, com certeza irá encaminhá-lo a outras pessoas da área. Ficarei mais conhecido; mais e mais palestras e cursos virão ao meu encontro. E, pasmem! De pronto, não despendi nada. Nenhuma diminuta pecúnia.

Pois bem, se isso realmente acontecer me sentirei feliz e recompensado por ter me tornado o “Exemplo 3” do assunto em tela e mais um a fazer marketing sem grana.


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