sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A uma boa frase, dita com espírito e na hora certa, não há o que se lhe compare, senão outra boa frase. Sumiram os frasistas

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via blog do PRATES

A uma boa frase, dita com espírito e na hora certa, não há o que se lhe compare, senão outra boa frase. Sumiram os frasistas, desapareceram dos jornais e dos parlamentos. Nos parlamentos, Santo Deus, o que se mais ouve são frases tortas, pobres, apoucadas, exatamente como a cabeça de quem as diz…

Para muitos a frase, o frasismo, virou caretice. Ou será que sua ausência não revela falta de coragem e talento? Bolas!

Pronto, já fui longe, agora, ao assunto. Uma frase. Uma frase que peguei de um canto de página de jornal, daquelas que o editor, não tendo como preencher o espaço, dela se socorre…

A frase é de um sujeito que em vida não me caía no gosto, posto que dele eu tenha lido tudo que me foi possível: Carlos Lacerda. Mas não sou estúpido para não lhe admirar a formidável cabeça de orador e frasista. Carlos Lacerda deixava sem graça seus adversários de parlamento e advocacia.

Disse Lacerda um dia que: “O futuro não é o que se teme, o futuro é o que se ousa!”. Boa frase. Mas ela pode ser discutida.

O futuro bem que pode, sim, ser o que hoje se teme. Se você teme a pobreza, a doença e todos os percalços da velhice e não age, seu futuro será esse, o que hoje você teme. De outra parte, e aí o Lacerda tem razão, o futuro também é o que se ousa. E aqui está o mais significativo da frase.

Se você joga o olhar sobre o futuro e nada vê além de ameaças e temores, se não age para evitar o que hoje é temido, seu futuro será exatamente esse, o do viver os sofrimentos hoje temidos.

Se, de outra parte, iniciar agora uma jornada de ousadias visando ao seu bem-estar futuro, de bem-estar será o seu futuro. Não há futuro sem ações no presente, o futuro é o presente… Ou este momento de agora não é o futuro de ontem? Bolas…

Os precavidos não pagam para ver, apostam alto na bolsa de valores da vida, e vão colher bom futuro no amanhã… Chego a ficar rubro de dizer estes truísmos, mas o que fazer se as pessoas, mais das vezes, acreditam na boa sorte e ficam a esperar por ela?

Jovem inteligente aproveita o tempo, não deixa de ser jovem, faz e goza das peraltices da juventude, mas, ao mesmo tempo, semeia. Semeia bons estudos, aplica-se à disciplina das virtudes, olha o horizonte e imagina o amanhã. Dessa ousadia a que se referia Carlos Lacerda vai resultar o amanhã, o futuro. E ele será de sol e paz.

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