quinta-feira, 1 de abril de 2010

Disse Onário - LÍVIDO - trechos: poesia Drummond

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lívido


Tema da semana: Grandes autores da literatura em língua portuguesa

“O pandeiro bate/é dentro do peito/mas ninguém percebe./Estou lívido, gago.” Nestes versos do poema “Um homem e seu carnaval”, de 1934, Carlos Drummond de Andrade utiliza o adjetivo lívido para compor a autodescrição de um eu-lírico condenado a ser gauche.

Na poesia Drummondiana, gauche é aquele que se sente desajeitado, deslocado, estranho. Lívido (do latim lividus) significa pálido, desbotado, esmaecido, o que corrobora a ideia de um 'Eu enfraquecido'. São deste mesmo poema os conhecidos versos: Eternas namoradas /riem para mim /demonstrando os corpos, /os dentes./Impossível perdoá-las, /sequer esquecê-las.

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