Brechó das desculpas
Qual é a sua desculpa favorita? Há muitas. A questão é escolher a mais adequada. Sim, a desculpa precisa estar adequada ao tipo de personalidade, de outro modo a desculpa se torna tão visível que expõe o desculpista ao grave ridículo.
Admito, a conversa está um tanto turva. Mas é isso mesmo, todos nós temos as nossas desculpas preferidas. E lembrei disso ao pegar um folheto do Sebrae, cuja proposta é: Faça diferente, inovar é um ótimo negócio.
Nesse folheto aparecem algumas das nossas desculpas favoritas na vida, as desculpas que nos “desculpam” pelos fracassos. É muito duro ser um nada na vida e não ter uma desculpa para isso. Aliás, somos todos, uns mais outros menos, fregueses atentos do Brechó das Desculpas.
Vamos lá, escolha a sua desculpa, se for o caso, leitora. Aqui estão frases-desculpas citadas no folheto do Sebrae: Acho muito arriscado; Deve ser caro; Não é para mim; Dá muito trabalho; Será que eu devo?; Tô bem assim; Será que é a hora?. São essas, pelo que me lembro. Mas posso acrescentar uma das mais comuns usadas por muitas pessoas: Ah, estou muito velho!
Que tal, qual é a sua favorita? Nenhuma dessas frases faz bem à saúde, e, literalmente, à saúde. Com o uso dessas frases combalimos a mente, tiramos dela as suas melhores possibilidades, e, como consequência, o pobre do corpo físico vai atrás, debilita-se, perde forças, míngua e... morre.
Costumo dizer, nas minhas palestras, que todos temos um sonho na vida, um grande sonho, ter dois já é demasia, um segundo sonho, quando há, não passa de uma extensão do sonho-base.
Como digo, todos temos um sonho, esse sonho é realizável, seja o sonho que for. Se fosse um sonho impossível ele não seria sonhado, só os insanos sonham com o impossível. E nesse caso, não gosto de figuras de retórica, de falar de sonhos impossíveis que se tornam realidades. Os sonhos impossíveis nunca se tornam realidades, simplesmente porque eles estão fora da realidade possível.
Ocorre, todavia, que muita gente não se dá conta de que seu sonho é possível e desiste por qualquer vento sul mais forte. Não era o sonho que era impossível, foi a fraqueza da pessoa que inviabilizou o sonho. E, nesse caso, garantidamente, a pessoa fez uso de uma daquelas frases aziagas já citadas.
O melhor é limpar as gavetas da mente, arejar a autoestima e dar-se conta, ouviste, leitora, de que tudo é possível ao que crê, se tu podes crer no teu sonho, tudo te será possível... Se não, não. E aí, o melhor é escolher a frase mais adequada para a desculpa.Norminha
A Norminha na novela Caminho das Índias é uma “vadia”, certo? É o que dizemos de uma mulher casada que anda ciscando por aí. E o que é que dizemos dos bermudões que fazem a mesma coisa? Por acaso, não são vadios também? Quem lhes deu o direito de ser ordinários? Se eles fazem, elas podem fazer.
Luís Carlos Prates, hoje, no Diário Catarinense.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Brechó das DESCULPAS
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