LI POR AÍ – 2009 01 08 - >005<
Descritores: infância, saudade
Por Airton Soares
CÚMULO
Eram tantos! “Qual o cúmulo da ligeireza fechar uma gaveta e botar a chave dentro.” Na lata. Emendávamos a resposta à pergunta atropelando a gramática e quem impedisse nossa vez.
ESTE É TERRÍVEL!
Gosto nem de pensar. Qual é o cúmulo do arrepio? Está preparado, leitor. Lá vai! Escorregar- nuzinho - pelo corrimão de uma Gilette e cair numa bacia de álcool. Peense, no arrepio!
NÃO HAVIA INTERNET
TV? Só o canal 2 da Tupi. Vídeo Alegre e Rin-Tin-Tin, imperdíveis! Sobrava-me bastante tempo para o bate-papo com a turminha da esquina.
DIA DESTES
pensei reunir a turma. Desisti. Melhor coisa que fiz. Seria cometer o cúmulo da saudade! O ser humano, com o tempo, se destempera. Perde a força viva do passado. Assim, em favor do cabimento, fecho este “Li” com duas saudosas poesias.
FERREIRA NOBRE DISSE
Ninguém definiu a saudade,
mas alguém já confessou:
que é simplesmente a vontade
de que volte o que passou.
DISSE `AS´
Saudade!
lástima solene
e pungente
da ausência
é uma dorzinha miúda, disforme
se esparramando n´alma da gente.
E O LEITOR?
Diz pra gente, besta. Diz a poesia que te apetece. Diz, dêxa de ser besta!
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