segunda-feira, 1 de outubro de 2007

De ratos e ratoeiras

Charge: jornal da Paraíba















Airton Soares
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Em quase todas as minhas palestras, de caso pensado, faço com que este assunto venha à baila:

Os "ratos e ratoeiras" na evolução humana.

Quando o homem inventa uma ratoeira, mais sofisticada, sabe o que acontece? A natureza cria um rato mais sabido. Não tem por onde ser diferente. E, se fosse, existiria o "mundo" de hoje? Acredito que não.

Em princípio, vizualizo apenas duas vertentes dessa situação: uma, enviesada. A outra, acolhedora.

A primeira - não menos atávica do que a segunda - foi condenada ao doloroso aprendizado do burlar, prevaricar... Sair do prumo! Citemos um exemplo clássico aqui no Brasil: sempre encontramos um jeitinho de "gersonificar" nossa declaração de imposto de renda. Se o governo cria uma Lei mais sofisticada, já de há muito existe, pelo menos em rascunho mental, uma saída contábil muito mais esperta!

Do outro lado muda tudo. É questão vital des+hibernar, incansavelmente, "ratos" adormecidos dentro de nossa caverna psíquica. Atitude darwiniana. Comportamento de sobrevivência.

Aqui, tem cabimento o dito popular: infeliz do rato que só conhece um buraco. Antigamente, o sujeito passava 30... 40 anos num só buraco (empresa), em uma só atividade. Hoje, começamos criar a super-rata da empregabilidade.
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O emprego se evapora, o trabalho se exponencializa! Infeliz da empresa que só possui uma estratégia de fabricação e vendas de produtos; infeliz do funcionário que só tem uma, uma unzinha só competência desenvolvida. Caso não saiba pintar, bordar, cortar, coser, pregar botões e etiquetas, com certeza será visto como um bagre de limão esprimido. "Pra fora Zé Luiz". O próximo!

Atenção, leitor! Acabo de receber um comunicado. Sabe quem está doido para entrar nessa crônica-artigo? Mestre sapo. Seja bem-vindo! O que tem para nos contar? Abra logo sua boquinha, mas seja breve. Diga aí sua frase-princesa!
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Alô galera! É jogo rápido! Não tenho tempo a perder. Ainda tenho muitas lagoas a visitar! Escute bem! Eu não pulo por boniteza, mas por precisão. Fui! não Fui! Fui! não Fui! Observe, nas universidades. Nunca se viu tanto sexagenário estudando, não para se "mostrar", mas sim por necessidade.

Pois bem. Chegamos ao final. Agradecemos a participação de mestre rato e mestre sapo e dizer que não é à toa a criatividade ser vista e compreendida como potencial inerente ao homem e a realização desse "pulo" potencial, no pensar e agir da artista plástica Fayga Ostrower, uma de suas necessidades.


2 comentários:

Blog da Corrinha disse...

Excelente. Tudo a ver com a nossa realidade.

. disse...

Olha, aí quem me aparece! Seja bem-vinda, Corrinha!