Airton Soares
paLAVRAS precisosas
Lugar de onde se extrai o ouro semântico
Nós, escritores, hackers do inconsciente coletivo; caçadores de novos significantes e significados, temos necessidade e compromisso (conosco e com a sociedade) de penetrar visceralmente nas palavras para extrair, reinventar néctares semânticos. E quanto mais familiaridade com os apetrechos lingüísticos (gramática,estilística e assemelhados) maior a probabilidade de sorver o encanto e o sortilégio das palavras.
O Professor M. Murry retrata muito bem esta situação quando diz que “o escritor está perpetuamente procurando forçar a linguagem a carregar mais do que devia, incessantemente exercendo uma espécie de delicada violência sobre a linguagem”.
E o exercício dessa “delicada violência”, caminho nem sempre adocicado, é estar “conectado” permanentemente com as formas lingüísticas e estudar a expressividade delas, isto é, a sua capacidade de transfundir emoção e sugestionar os nossos semelhantes.
Murry diz ainda que o “motivo real para o escritor assim proceder é o seu desejo, seu intuito de aprimorar ao máximo seu contexto. É como se estivesse numa guerra, mas a vitória se ele a consegue é também a vitória da linguagem que se vê assim enriquecida e embelezada”.
O escritor é um garimpeiro incansável de palavras preciosas (belas adormecidas!), é estúdio ambulante, é incansável chargista vocabular de plantão de suas emoções, é esponja sensível que absorve o que vê e o que não se vê. Por tudo isso, podemos afirmar:
Escravo das emoções
Papel, palavra, leitor
Testemunhar o seu tempo,
Eis a função do escritor.
paLAVRAS precisosas
Lugar de onde se extrai o ouro semântico
Nós, escritores, hackers do inconsciente coletivo; caçadores de novos significantes e significados, temos necessidade e compromisso (conosco e com a sociedade) de penetrar visceralmente nas palavras para extrair, reinventar néctares semânticos. E quanto mais familiaridade com os apetrechos lingüísticos (gramática,estilística e assemelhados) maior a probabilidade de sorver o encanto e o sortilégio das palavras.
O Professor M. Murry retrata muito bem esta situação quando diz que “o escritor está perpetuamente procurando forçar a linguagem a carregar mais do que devia, incessantemente exercendo uma espécie de delicada violência sobre a linguagem”.
E o exercício dessa “delicada violência”, caminho nem sempre adocicado, é estar “conectado” permanentemente com as formas lingüísticas e estudar a expressividade delas, isto é, a sua capacidade de transfundir emoção e sugestionar os nossos semelhantes.
Murry diz ainda que o “motivo real para o escritor assim proceder é o seu desejo, seu intuito de aprimorar ao máximo seu contexto. É como se estivesse numa guerra, mas a vitória se ele a consegue é também a vitória da linguagem que se vê assim enriquecida e embelezada”.
O escritor é um garimpeiro incansável de palavras preciosas (belas adormecidas!), é estúdio ambulante, é incansável chargista vocabular de plantão de suas emoções, é esponja sensível que absorve o que vê e o que não se vê. Por tudo isso, podemos afirmar:
Escravo das emoções
Papel, palavra, leitor
Testemunhar o seu tempo,
Eis a função do escritor.
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