Airton Soares
Atravessamos momentos de turbulência. Mudanças meteóricas nos deixam ansiosos, sem perspectivas. Não sabemos, muitas vezes, o que é certo ou errado. O mundo está fora de esquadro. Nossas balizas, adquiridas na infância e adolescência, são meras figurinhas que fazem parte de um álbum amarelecido e jogado e que não tem mais importância na biblioteca da vida.
Virada de século, de milênio. Para muitos estudiosos é natural esta inquietude do ser humano. Justifica-se. Pretexta-se de tudo. Os valores mudaram, temos que acompanhar o bulício dos tempos!
Tudo isso faz parte da vida moderna. Os clichês se imortalizam. "Dinheiro não traz felicidade, manda buscar" ou "Dinheiro não é tudo, mas é cem por cento”. Sofregamente ansiamos salpicos de notoriedade. Enquanto buscamos nos inserir no contexto social somos incinerados, reduzidos a pó. É a lei do mais farto é a lei do mais forte. O que fazer? Já estamos fazendo. Apelando pra Ele, através de vários caminhos. Uns tendo como baliza as "figurinhas” de outrora, outros, valendo-se das "figurinhas virtuais".
Aqui, está muito difícil saber quem inspira confiança!
Aqui, está muito fácil saber quem conspira nossas finanças!
Trocadilho à parte, acreditamos que a mercantilização da nossa alma seria amenizada com o bom senso, mas bom senso requer educação no seu sentido lato. E isso é que não temos ou não queremos.
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