Airton Soares
O meu contexto, não deve ter sido muito diferente do seu, sobretudo, para quem nasceu no interior. Era assim: sentado no colo da nossa mãe, ela formulando perguntas enquanto ia nos fazendo cócegas na palma da mão. Cadê o bolo que tava aqui? O gato comeu; Cadê o fogo? A água apagou; Cadê a água: O boi do "Renan" bebeu...
A cada pergunta feita e respondida, o nosso corpo era maternalmente `acocegado´ até chegar às axilas, a parte mais sensível e naturalmente onde se provocava mais gargalhadas correndo o risco até de um engasgo.
Lembra, jovem leitor? Lembra nada! Não era nem nascido quando essa brincadeira infantil estava "em voga" Bah! O fato é que voltei ao passado ao perceber a estranheza do carrasco- da charge acima - olhando a guilhotina vazia..
Na simples palavra "Renan" tem muito de sentido implícito: Ai vai! cadê o "home" pra gente cortar a cabeça dele? Sumiu! O Senado o descaçoou! Todo esse discurso, creio, está inserido no "Renan". E como diria Tutty Vasques: "Ô raça!"
Agora veja como são as coisas. As coisas que digo é a nossa mente. De uma lembrança tão boa fui logo associar a um escândalo que nos faz berrar de raiva e de ódio. Mas, como diz nosso "Chico": O que dá pra rir dá pra chorar / Questão só de peso e medida / Problema de hora e lugar...
Só mais uma coisinha, leitor, juro que vou concluir a crônica. E se a minha interpretação da charge for diferente da sua? Tem mais jeito não. Já cortei o cordão umbilical da crônica. "Ines é guilhotinada!"
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